Em plena semana dedicada ao ambiente, o Executivo Angolano aprovou, ontem, 2 de janeiro, no Conselho de Ministros, um diploma que suspende por três anos a exportação bruta de madeira no país, de modo a promover a exploração sustentável dos recursos florestais, proteger e salvaguardar o ambiente e garantir a reflorestação.
A nota publicada pelo Governo de Angola espelha ainda que a medida preventiva pretende criar todas as condições para estimular o crescimento das árvores e a sua expansão no país, criando uma indústria de base florestal forte, moderna, competitiva, capaz de agregar valor e satisfazer a demanda interna e externa de produtos madeireiros nacionais.
No final da reunião, o ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, disse que o país experimenta uma exploração insustentável e descontrolada das florestas, razão pela qual há necessidade de mudar essa situação, parar com o corte de árvores sem responsabilidade pela reflorestação e criar valor acrescentado a nível do próprio país.
“Este período de suspensão vai permitir uma melhor organização, começar a ter maior controlo do que se corta em termos de quantidade, espécie, onde se corta e qual é o destino dessas árvores. O que pretendemos é que nestes três anos de suspensão a madeira bruta tem que circular dentro de Angola. A parte manufaturável, isso, sim, não é problema nenhum, pode se exportar”, referiu.
Importa frisar que o mesmo Conselho reuniu outros órgãos do governo, numa reunião presidida pelo Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço.