Por: Hélio Cristóvão
Dono das próprias opiniões e convicções, o rapper Extremo Signo mostrou-se indignado quando falava em entrevista ao PLATINALINE, sobre a “problemática” do processo de doação e distribuição de sangue nas unidades hospitalares nacionais, alegando que a venda do líquido precioso reflecte um acto de exploração indireta da boa-fé da população doadora.
“O gesto é de louvar, só que nós doamos e eles vendem. Alguma coisa de errada não está certa neste processo”, começou por dizer.
O artista, que quase regularmente tem doado sangue nalgumas unidades hospitalares, disse que todas as vezes que chega um parente seu ao hospital e precisa de sangue, tem feito a compra deste, ou doado para repor.
“Então para que serve o sangue que dou se tenho que comprar quando preciso? Não faz sentido algum eu doar o sangue para uma unidade hospitalar que vai vendê-lo, se estou a doar é para que ele seja oferecido a quem precise e não para ser vendido”, sublinhou.
Apesar de apoiar e incentivar o acto de doar sangue, o rapper considera que o problema está nas pessoas que se aproveitam do acto de boa fé e empatia dos cidadãos para fazer dinheiro, sublinhando se tratar de um “golpe muito baixo”. Para o efeito, Extremo Signo deixou um apelo ao Ministério da Saúde e às diversas unidades hospitalares do país.
“Para doadores, que façam de coração; para unidades hospitalares, Ministério da Saúde e bancos de sangue, que tenham um pouco de empatia e boa-fé no que toca à distribuição ou o destino dado ao sangue que eles recolhem das doações, ou seja, não olhem para as caras nem aos bolsos das pessoas, pois doamos o sangue exactamente para ajudar àqueles que precisam. Deixem de vender aquilo que é de graça”, rematou.