Com um elenco de músicos de renome no panorama nacional e internacional, o festival internacional de jazz juntou, nesta sexta-feira, apreciadores deste estilo musical para assinalar o Dia Internacional do Jazz.
O espectáculo, organizado pela Unesco e o Governo de Angola, aberto pela banda da Escola Americana que interpretou a faixa “Meninos do Huambo”, de Rui Minga, foi marcado pelas exibições de nacionais Totó, Felipe Mukenga, Anabela Aya, acompanhados pela banda Etokeko Jazz Projecto.
Esperança Mirakiza, jovem que começa a dar os primeiros passos neste segmento musical, também se fez representar com a sua voz firme e melódica, surpreendendo o público presente.
O grupo moçambicano As Maria soltaram a voz para dizerem as mais de meia centena de pessoas presentes que o país estava bem representado no festival internacional, que vai na sua 10ª edição.
Um dos momentos altos foi a apresentação do trio formado pelo brasileiro Yamandu Costa, o português Luís Guerreiro e o argentino Martín Suede que, em aproximadamente 25 minutos, encantaram com o som dos instrumentos, que bem sabem manejar.
Sem a presença dos artistas Sam Mangwana e Ricardo Lemvo, que constavam no cartaz da noite, o evento encerrou com um tributo ao falecido Waldemar Bastos, na voz da portuguesa Catarina dos Santos e dos instrumentistas que sempre acompanharam o artista.
No final, a cantora angolana Esperança Mirakiza disse ser um orgulho partilhar o palco com várias figuras do jazz nacional e internacional, motivo de maior responsabilidade e de reconhecimento do seu trabalho.
Segundo a artista, participar na 10ª edição do Dia Internacional do Jazz é motivo de alegria e de mais responsabilidade musical, por não ser fácil ser convidada num evento de tamanha responsabilidade.
Por sua vez o brasileiro Yamandu Costa, afirmou que o jazz é uma música que ultrapassa barreiras e estar em Luanda é uma honra.
Para si, “a música dá a possibilidade de se poder voar, afirmando que a vida sem música não tem sentido e fazer jazz é um motivo de satisfação”.
O festival enquadra-se no programa relativo a II edição da Bienal de Luanda- Fórum Pan-Africano para a Cultura da Paz marcada para Setembro do ano em curso.