O filme “O Grande Kilapy”, do realizador angolano Zezé Gamboa, é cabeca de cartaz na abertura, a 13 do corrente mes, da 14 edição do Festival “CinemAfrica” de Estocolmo, capital do Reino da Suécia. Zézé Gamboa será um dos oito convidados de honra ao festival, estando a sua chegada a Estocolmo prevista para o dia 12 do corrente mês. O festival “CinemAfrica” decorrerá até 17 deste mês com a apresentacao de 39 filmes de 17 países africanos, sendo 23 de longa metragem e 16 curtas-metragens.
O Festival “CinemAfrica” começou em 1996, com o objectivo de mostrar, atraves de histórias e expressoes artísticas, a sociedade sueca, o continente africano, as suas expectativas e uma visão diferente da que normalmente é oferecida. Segundo os seus organizadores, nos cinco dias de Festival serão partilhadas informações sobre as indústrias de cinema e suas tendências de crescimento no continente africano. “O Grande Kilapy” é uma co-produção do Brasil, Portugal e Angola, realizada em 2012, e tem a duração de 1h41. Em Fevereiro último, o filme foi exibido em duas sessões no Festival Internacional de Cinema de Gotemburgo (Suecia), onde o realizador Zeze Gamboa ja marcou presença, em 2006, com o seu filme “O Herói”, produzido em 2004.
A produção, que será exibida no “CinemAfrica” numa outra sessão no dia 15, conta a história de Joãozinho das Garotas, um valdevinos astuto, que deixou a sua terra natal e os problemas políticos a favor de uma vida de prazer em Lisboa, antes da Independência, em 1975.
No filme é realçado que, Joãozinho, cujo papel é interpretado pelo actor brasileiro Lázaro Ramos, reparte a vida entre as suas conquistas eróticas e a ajuda aos seus amigos envolvidos na luta de libertação.
No regresso a Angola, Joãozinho consegue um emprego no sector público, onde encena um “kilapy” (empréstimo financeiro), que serve o duplo propósito: financiar o activismo político dos seus amigos e o seu próprio estilo de vida.
Entre os filmes inscritos no “CinemAfrica” importa salientar “A Virgem Margarida”, longa metragem do moçambicano Licínio Azevedo e “Noire ici, blanche là-bas”, longa metragem da realizadora do Congo Democratico, Claude Haffner.
O programa do Festival inclui ainda uma “Retrospectiva da Obra Cinematográfica”, da reputada cineasta do Gana, Akosua Adoma Owusu, considerada uma das mais ousadas e bem sucedidas realizadoras africanas da jovem geração.