Aclamado pelo público com os êxitos “Itocota”, “Mboio” “Câmara Lenta” e mais recentemente “Xekele”, Francis Boy é um artista multi-facetado que acredita na versatilidade de géneros gerando críticas entre os kuduristas mais extremistas.
“Sou acusado de trair o kuduro, entrei no mundo da música a cantar kuduro mas quando surgiu a oportunidade de fazer algo diferente não hesitei e não hesitaria novamente se tivesse de fazer um Rap ou um R&B ao lado do Big Nelo ou do Anselmo Ralph”, revela.
Os críticos chegam mesmo a culpabilizar o artista pelo declínio do kuduro mas Francis Boy prefere não dar ouvidos “para mim, estas críticas vêm de miúdos que estão frustrados com a falta de sucesso e de shows e tentam arranjar subterfúgios, eu sou um artista versátil e sigo os meus instintos, todo o artista tem uma evolução eu só quero fazer a minha arte, só tenho de agradar a mim e aos meus fãs”.
O artista revela ainda o seu desejo de fazer diferente e melhor “eu canto em línguas nacionais e estrangeiras e por mais que critiquem hei de continuar porque o inglês, o francês e o português são línguas faladas em África, o meu sonho é a internacionalização e tenho o desejo e a vontade de fazer coisas diferentes e crescer sempre mais”.
Se Francis Boy é alvo de críticas o artista é também crítico e não poupa palavras ao afirmar a necessidade de uma mudança no comportamento de muitos kuduristas “ainda sinto medo da minha família e por isso opto por não fazer músicas ofensivas além disso muitos kuduristas gastam o dinheiro que fazem em coisas fúteis, noites e garrafas, eu tenho de me preocupar com as minhas irmãs e com a minha noiva”.
Para finalizar, sobre o estado do kuduro afirma que “existem artistas a falarem sobre o estado do kuduro, o kuduro não está mal, as pessoas que fazem kuduro é que estão a emergir para outros estilos o kuduro continua kuduro”.
Não perca neste sábado o debate sobre o estado do Kuduro no Programa Platinando ás 19h