A cantora Gersy Pegado, do grupo as Gingas, apresenta dia 17, na Praça da Independência, em Luanda, o seu primeiro livro, “Gingas na Minha Retina”, no qual mostra os momentos mais marcantes das “Meninas do Maculusso”.
Segundo a autora disse ao Jornal de Angola, o livro foi escrito para servir de testemunho às gerações vindouras sobre o percurso de um dos grupos femininos mais conceituados do país e mostrar o seu ponto de vista acerca do mercado musical angolano.
“Na verdade, foi um exercício que comecei a fazer e acabou por tomar uma proporção maior do que eu esperava”, disse a cantora. Acrescentou que, ao analisar o mercado discográfico, “achei por bem justificar a minha posição, de forma que decidi contar a minha trajectória, enquanto membro das Gingas porque, para lá da performance em palco, fizemos coisas maravilhosas por este país”.
Explicou ainda que o livro, reproduzido em Portugal, foi prefaciado por Jomo Fortunato e editado pela Aviluppa Kuimbila. “O livro não anula a visão da minha mãe e professora sobre as Gingas. Certamente um dia ela irá escrever sobre esse grupo monumental que criou. Ainda assim, não me sinto alheia a este projecto do qual estou na génese e ajudei a construir desde o seu primeiro dia. Por essa razão, sinto-me bastante à vontade e feliz por poder mostrar às pessoas o orgulho de fazer parte deste grupo”, disse.
Lembrou que com 29 anos de carreira, a actividade das Gingas, que começou em 1982, vai prosseguir ainda por muitos anos. “Vamos continuar a fazer a música que a todos habituámos, mas acompanhando as actuais mudanças do mercado”. As Gingas têm cinco discos no mercado, que as ajudaram a serem elevadas à condição de um dos grupos femininos mais emblemáticos da música angolana.