Por: Stella Cortêz
O livro que espelha uma temática que certamente poderia interessa-lo, grosso modo, a todos, uns com mais outros com menos interesse, designado por “Representação Política Em Angola”, de autoria de Gildo Matias José, vai ser apresentado oficialmente nesta sexta-feira, 18, numa cerimónia organizada com todos os padrões de biossegurança, a ter lugar no Memorial António Agostinho Neto.
Ao PLATINALINE, o Secretário de Estado para o Ensino Secundário fez saber que sua primeira obra no mercado literário pode ser útil para um vasto público interessado, desde investigadores, professores, estudantes, políticos e o cidadão comum que tenha alguma curiosidade em perceber um pouco mais sobre a temática.
“O livro permite levantar um debate muito poucas vezes feito no nosso país sobre as ideologias políticas na relação representante e representados. Um segundo aspecto, que também me parece relevante, é o perceber até que ponto a qualidade da representação pode ou não condicionar a estabilidade do nosso regime político”, disse o autor, quando acrescentava informações sobre o terceiro ponto escrito no intuito de estimular uma discussão sobre a eficácia da representação política em termos de políticas públicas concretas, pois, estas sim, são mais relevantes para o dia-a-dia de todos, na qualidade de cidadãos desta república que se chama Angola.
Compilada num período de seis meses, incluindo trabalho e pesquisa de terreno, Representação Política em Angola, além de abranger pessoas de diversos sectores, também pode ser proveitoso para investigadores da área das ciências sociais e o cidadão comum que tenha algum interesse sobre estudos de representação política.
Interrogado se houve algum motivo específico que o levou a redigir um livro com tal tema, Gildo respondeu:
“A história remonta 2011, quando estava eu a terminar a parte curricular do meu mestrado em Ciência Política, no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em Portugal, e diante da necessidade de escolher um tema para o efeito, decidi optar pelo tema da representação política em Angola, consciente, claro, dos desafios que a operacionalização e concretização do trabalho requereu. Mais do que isso, a minha preocupação partiu de várias discussões académicas sobre o que podia significar a congruência política, entendida aqui de forma simples como a similitude em termos de posicionamento entre eleitores e eleitos, em regimes de transição ou com democracia em construção, como entendia ser o caso de Angola. Isto é, pode haver congruência política ou ideológica, independentemente da natureza ou tipo de regime político?!”, frisou
O autor garante que diante de todas as situações acima mencionadas teve a necessidade de escolher o tema, também com o propósito de acrescentar algum dado novo sobre a discussão da temática em sede de especialidade, trazendo o caso angolano. “Aliás, permita-me que o diga, seria muito interessante voltar a fazer o mesmo estudo anos depois.”