V.A.PA. é uma organização não governamental direccionada a defesa dos direitos humanos. Têm como função proteger e apoiar as minorias, vítimas de discriminação no país, nas diferentes vertentes.
A modelo ,atriz e artista plástica Imanni Da Silva foi seleccionada em unanimidade para ser porta-voz das minorias sexuais. Ela apoia o grupo no combate a homofobia e juntos trabalham para que :uma lei que condene actos que agridam e ofendam o cidadão pela sua orientação sexual” seja reconhecida pela nossa legislação.
O vice-presidente da organização, Jeremias Bapassangue, defende a selecção de Imanni porque: em primeiro lugar tratar-se de um ser humano transsexual de que nada tem a esconder sobre sua história de vida, onde tal coragem serve de exemplo a sociedade e que melhor do que ninguém sente-se pronta a dar a cara a causas sociais que de uma forma ou de outra protejem os jovens que têm medo de assumir a sua sexualidade graças as suas consequências; e posteriormente, trata-se ao mesmo tempo de educar a sociedade a respeitar as diferenças de cada um e passar a vê-los como pessoas normais, úteis, que querem e podem contribuir para o desenvolvimento da nossa sociedade.
A organização já tem recebido apoios de grupos internacionais de protecção a comunidade GLBT(gay ,lésbica, bisexual e transgénico).
A V.A.P.A salienta que o seu trabalho nada tem a a ver com a proposta do casamento gay mas simplesmente de consciencializar a sociedade de que discriminar alguém pela sua orientaçâo sexual é um crime que deve ser condenado por lei.
” Tenho amigos que são constantemente vítimas de discriminação e preconceito desde as ruas ao local de trabalho e até alguns que foram demitidos pelo simples facto de acharem que o seu estilo de vida poderia interferir na imagem da empresa, e o pior para mim é saber de que eles não têm por onde recorrer pois não existe uma lei que os reconheça e isto tem que mas cedo ou mais tarde acabar. É um orgulho pra mim fazer parte deste projecto que a muitos irá ajudar e mudar a forma de pensar e tratar o próximo” disse Imanni da silva.
Neste momento a organização dá os primeiros passos e começa por fazer a recolha de testemunhos de vítimas de homofobia.
“Nós sabemos que para muitos não é facíl assumir e dar a cara mas mesmo anonimamente pedimos que as vítimas ou familiares ganhem voz e corajem caso contrário a mudança nunca será alcançada” segundo Jeremias.
Imanni Da Silva reconhece que tem um grande número de seguidores gays e transgénicos de Angola no seu Facebook e convida através de sua página a receber testemunhos de vítimas de discriminação.
“Constantemente recebo mensagens de jovens que se sentem frustrados e perdidos, pois eles não conseguem entender o que se passa com eles mesmos e em especial as pessoas que os rodeiam e sempre que posso respondo, incentivo a continuar a viver pois acredito ser minha função de usar a minha experiência de vida em benefício daqueles que dão os primeiros passos na descoberta e busca do seu EU” .
“Está na hora de defendermos os direitos das minorias sexuais que devem ser protegidos por lei das quais são violadas pelos homens”…Jeremias Bapassangue.