O projecto de requalificação da Marginal da Baia de Luanda foi inaugurado hoje (terça-feira), na cidade capital, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
O projecto que teve um investimento de cerca de 36 mil milhões de kwanzas, a cargo da “Sociedade Baia de Luanda”, conta com 147 mil metros quadrados de espaços pedonais, 3,1 quilómetros de passeio marítimo e de ciclo-vias, três parques infantis, três espaços para prática do desporto, cinco campos de street basket, cinco espaços para eventos culturais e 10 novas praças públicas ao longo do passeio marítimo.
A respectiva actividade foi complementada com a abertura dos Primeiros Jogos Desportivos da Baia, nos quais participaram mais de 600 crianças em várias modalidades, tais como a vela, basquetebol, andebol e a patinagem.
Este trabalho resulta de uma decisão do Executivo angolano e foi desenvolvido pela “Sociedade Baía de Luanda, SA”, que tem como principais accionistas a Sonangol, o Banco Privado Atlântico, Banco Comercial Português e a Fini-Capital, entidades envolvidas na materialização desta parceria público-privada, sem que para tal houvesse necessidade de recorrer ao Orçamento Geral do Estado.
De acordo com o vice-presidente do Conselho de Administração da Sociedade Baia de Luanda, Carlos José da Silva, com a inauguração deste projecto dá-se a conhecer a requalificação de um dos mais emblemáticos espaços urbanos do país, materializando-se uma renovação profunda das infra-estruturas e criando-se, simultaneamente, um importante espaço de lazer para as famílias.
Fez saber que o trabalho foi concretizado ao longo dos últimos 30 meses, tendo compreendido várias frentes de intervenção no que diz respeito ao nível das águas e impacto ambiental, bem como a construção de infra-estruturas, vias de comunicação, áreas de estacionamento e novos espaços verdes destinados ao lazer.
Explicou que entre as intervenções mais complexas e que representaram uma das maiores fatias de investimento figura a limpeza das águas, onde para este processo foi efectuada uma drenagem de um canal submarino que permitiu restabelecer a circulação das águas e a oxigenação natural.
Concluiu que complementarmente a este processo deu-se lugar a lavagem de 400 mil toneladas de areias que se encontravam poluídas, tendo sido posteriormente recuperados para o alargamento da marginal.
A requalificação da marginal incorporou mais de 80 porcento de materiais produzidos em Angola e serve de vantagem para as populações, na medida em que a referida nova frente marítima surgida ao longo da marginal de Luanda cria mais de 20 novos espaços tipo ”quiosques” para restauração e pequeno comércio.