Por: Hélio Cristóvão
Não há dúvidas de que o político angolano e líder do maior partido da oposição, Adalberto Costa Júnior, teve um forte destaque ao longo do ano em curso, resultado das eleições presidenciais onde fez frente com o líder do partido dos camaradas, João Manuel Gonçalves Lourenço, actual Presidente da República.
Faltando apenas dois dias para darmos as boas-vindas ao ano de 2023, o PLATINALINE abriu uma enquete nas redes sociais, em que milhares de internautas tiveram a possibilidade de escolher aquele que viria a ser a FIGURA DO ANO de 2022. Dentre os vários nomes sugeridos nas mais diversas áreas de actuação, a categoria “política”, e particularmente o engenheiro eletrotécnico angolano Adalberto Costa Júnior, foi a figura mais mencionada pelos internautas.
Aquando das eleições gerais de Agosto, o líder da UNITA mobilizou os jovens com mestria, e em momentos críticos e de bastante sensibilidade apelou à paz, tolerância e serenidade entre os seus militantes e simpatizantes, ganhando assim ainda mais destaque a nível nacional e internacional e, sobretudo, mais respeito.
Adalberto Costa Júnior colocou o seu partido UNITA num patamar bastante elevado, como só Jonas Malheiro Savimbi poderia o fazer.
Durante a acirrada disputa com João Lourenço, sobre quem ocuparia o Palácio Presidencial, ambos protagonizaram campanhas de sensibilização que prenderam a atenção do público e dominaram as redes sociais.
Apesar desses pontos positivos por parte de ACJ, o líder da UNITA teve como ponto negativo o facto de nunca ter aceite publicamente a derrota do seu partido, tendo depois recebido várias críticas por parte dos seus apoiantes. Factos que o levaram a ser criticado por demonstrar falta de “coerência”.
Adalberto Costa Júnior foi muito assertivo quando discursava à margem da marcha pacífica, dizendo mesmo que “o preço do poder não vale tudo, não vale o banho de sangue do povo”, em resposta aos que tencionavam ver a UNITA na rua para conquistar as instituições.
Um dos pontos mais abordados de ACJ ao longo de 2022 foi, certamente, a busca incessante pela realização das “autarquias locais” como garantia ao combate à fome, a pobreza e ao desemprego, justificando que, só assim, o Governo estaria a dar um claro indicador das promessas eleitorais.
ACJ ficará para sempre na história como o homem que tirou a maioria absoluta do MPLA no parlamento em seus 50 anos de governação, que vai impedir qualquer mudança na constituição sem contar com apoio de outro partido, e como parte integrante das eleições mais disputadas de sempre da história de Angola. É por essas e outras razões que Adalberto Costa Junior é considerado o homem do ano.
Então, PLATINADO, também escolheu ACJ como Homem do Ano ou teve outra figura como opção?