O general Bento dos Santos Kangamba e o Empresário Fernando Republicano foram ilibados por falta de provas, no processo movido pela justiça brasileira, no processo desencadeado pela “operação garina”, em que eram alegadamente acusados de financiar uma rede de prostituição do Brasil para Angola, frica do Sul, Portugal e Áustria.
Segundo a polícia brasileira, Bento Kangamba, de 48 anos, era acusado de ser o principal financiador de uma rede de prostituição a partir do Brasil, que em dez anos movimentou cerca de 45 milhões de dólares.
Para o advogado de defesa de Bento Kangamba, Paulo José Iazs de Morais, ficou demonstrado que as “acusações eram ilegais e os indícios não confirmados”, pelo que o processo contra os dois angolanos foi encerrado e anulados os respectivos mandados de captura.
A presença no Brasil de José Eduardo dos Santos, no momento em que a justiça tomou esta decisão, foi “absolutamente coincidência…e não há qualquer relação ou interferência do Presidente desse país nesse caso”, afirma Paulo de Morais.
Fontes dos escritórios da Interpol em Angola confirmaram a recepção da informação por parte da Polícia Federal do Brasil sobre a notificação da justiça brasileira, que anula os efeitos do mandato de captura contra Bento Kangamba.
Com sede na cidade de Lyon, França, a Interpol é a polícia internacional encarregada de crimes que não se restringem às fronteiras de um só país. Com 190 países filiados, é a segunda maior organização internacional, atrás apenas da Organização das Nações Unidas, que tem 193 países.
Ouça a Entrevista do advogado de BK concedida a RFI