Por: Iraneth da Cruz
Isabelle Christine de Lourenço Gomes Drummond, nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, aos 12 de Abril de 1994. É uma actriz que ficou conhecida ainda na infância por ter interpretado Emília na série “Sítio do Picapau Amarelo”, depois fez uma participação na minissérie “A Historia de Rosa” e ficou bastante conhecida na telenovela “Eterna Magia”, em 2007.
Mais tarde, a actriz actuou como filha dos personagens de Tony Ramos e Glória Pires no filme “Se Eu Fosse Você 2”. Posteriormente, interpretou Bianca em “Caras & Bocas”, em 2009, Cida em “Cheias de Charme”, em 2012, e Giane em “Sangue Bom” no ano de 2013.
O seu percurso não parou por ai. Em 2014 Isabelle interpretou Megan em “Geração Brasil” e logo depois viveu a protagonista Júlia na novela “Sete Vidas”. Em 2016, interpretou a protagonista Helo, na primeira fase de “A Lei do Amor”. E actualmente vive Anna Millman na nova novela da Globo “Novo Mundo”, das 19 horas e 45 minutos.
Platina Line: Na verdade, quem é a Anna?
Isabelle Drummond: A Anna é uma mulher à frente do tempo em relação à época em que viveu. É uma pessoa sensível, que ajuda no lado mais artístico dela. Teve também um pai sensível e uma história de família unida. Ela é inglesa, então tem toda uma educação que não invalida a sua sensibilidade e compaixão com as pessoas. Sendo muito observadora, tem um olhar muito interessante e poético do mundo e acaba por reflectir isso na sua escrita e pintura. Acho que isso é uma das coisas mais especiais da personagem, tanto que é ela que acaba por descrever a história, mesmo por causa desse olhar.
Platina Line: E quem é o Joaquim, o seu parceiro amoroso?
Isabelle Drummond: O Joaquim é uma pessoa muito especial para a Anna, porque ela está habituada a uma cultura muito séria e “certinha” e ele aparece, acaba por quebrar um pouco esses parâmetros ao trazer uma alegria e diversão para a vida dela. É muito engraçada a relação deles no início, porque ela tenta manter a posse, mas não consegue e fica bastante desconcertada.
PL: Pode falar-nos um pouco do triângulo dos dois com Thomas?
ID: Normalmente, a novela tem essa estrutura da trilogia mocinha, do mocinho e do vilão, mas o que esta trama faz é tratar de uma maneira um pouco diferente, porque apesar de ter que seguir a Celinha, existem relações que ultrapassam isso. Então é interessante analisar a relação da Anna com o Thomas como uma relação de igualdade, pois eles se entendem por causa da cultura e dos estudos e apesar de ter um mau carácter, ele também é alguém sensível. Com o Thomas, ela é uma inglesa da corte e com o Joaquim ela se torna numa menina que só quer aproveitar a vida e sentir algo profundo e verdadeiro, ao mesmo tempo que tenta desconstruir essa sociedade que tem dentro dela.
PL: qual é o impacto da presença de Elvira na relação da Anna e do Joaquim?
ID: Acho que a Elvira vem mais para mostrar quem é o Joaquim de verdade, o passado dele e o universo a que ele pertence. A Anna vai descobrir um pouco sobre ele assim, mas vai também acabar por perceber que ele é muito além disso, que é uma pessoa incrível.
PL: Como é interpretar uma personagem que tem como base alguém que realmente existiu e que teve impacto na independência do Brasil?
ID: Apesar de a Anna ser inspirada numa pessoa que existiu, uma inglesa chamada Maria Graham, que era escritora e desenhava, além de ser professora das filhas da Leopoldina, a personagem tem uma licença poética total, porque estamos a tratar de um universo lúdico dentro de uma situação que era real e que existia. Para mim, é muito importante falar da formação do Brasil, descobrir mais quem somos e aprender com poesia.
PL: Para terminar, como define Novo Mundo?
ID: Novo Mundo é uma novela que conta a história do Brasil de uma forma poética e com um olhar de amor, sem levantar questões polémicas nem criticar. Estamos a falar de pessoas reais, que não eram perfeita, pois ninguém o é, mas que em cada uma existe beleza. Estou muito apaixonada por este projecto e acho que as pessoas vão amar.
