Por: Hélio Cristóvão
Recentemente, o jornalista angolano e rosto do canal Zap Viva ocupou o espaço “Opinião” do Novo Jornal e falou sobre as mais diversas pautas ligadas à política, mais especificamente sobre a elite angolana e a sua representatividade.
Jacinto Malungo começou por dissertar que, diferente das elites de alta qualidade, que perseguem e actuam em modelos que propiciam a produção de riqueza para a sociedade, como é o caso da elite cingapuriana, que ocupa a primeira posição num ranking que mede o valor das elites no mundo, “a elite angolana é atrasada”.
“Angola tem uma elite que se beneficia largamente dos recursos públicos, que, entretanto, é um factor de atraso ao desenvolvimento económico e humano”, afirmou.
O jornalista e apresentador de tv é de opinião que a desigualdade social, na nossa realidade, “é vista como uma coisa natural, como se não houvesse nada a fazer… é surreal. A desigualdade que há é absurda e desconcertante, está normalizada.”
O comunicólogo acredita que a pobreza que se vive em Angola é, em parte, resultado da ganância das elites. “A pobreza em Angola não é, à partida, uma questão de crescimento económico, mas de partilha…”