Por: Sérgio Flávio
Uma história que no princípio era recheada de amor acabou de forma trágica. Após deixar para trás um casamento abusivo, Sania Khan, jovem fotógrafa paquistanesa americana, contou que alguns membros da sua comunidade muçulmana no sul da Ásia fizeram com que ela se sentisse “fracassada na vida”. Mas ela encontrou apoio e conforto entre estranhos no TikTok, até que seu ex-marido voltou para assassiná-la mesmo quando suas malas já estavam prontas e ela estava preparada para ser livre.
Em 21 de julho, Sania Khan, então com 29 anos, deixaria Chicago, no Estado americano de Illinois, e o trauma de um relacionamento que não deu certo para começar um novo capítulo sozinha na sua cidade natal de Chattanooga, no Tennessee (EUA). Porém, naquele dia ela voltou para o Tennessee sem vida. Sabe-se que três dias antes policiais encontraram Khan caída perto da porta da frente do condomínio de Chicago, onde ela vivia com seu ex-marido, Raheel Ahmad, de 36 anos. Ela tinha um ferimento por arma de fogo na parte de trás da cabeça e foi declarada morta no local.
Segundo os boletins de ocorrência fornecidos pela polícia ao jornal Chicago Sun-Times, o casal estava “passar por um divórcio” e Ahmad, que havia ido morar em outro Estado durante a separação, viajou cerca de 1.100 km de volta até sua antiga casa “para salvar o casamento”. O terrível assassinato seguido de suicídio foi o trágico capítulo final da vida de Khan, uma jovem fotógrafa paquistanesa-americana que havia sido recentemente reconhecida pela plataforma TikTok como uma voz das mulheres que lutam contra o trauma do casamento e o estigma do divórcio na comunidade do sul da Ásia. Entretanto, o ex-parceiro tirou a sua própria vida após matar a fotógrafa e tik-toker.