Depois de três anos fora de Angola e distante da mídia, Kizua cedeu uma entrevista à Platinaline, onde abordou sobre os assuntos que o preocupam no seu estilo musical, particularmente.
“Acabamos de dar mais espaço a músicas comerciais, e aquelas menos comerciais têm ficado para trás. Em termos gerais, temos crescido na qualidade musical, mas é preciso que a gente tenha responsabilidade, quando eu digo a gente, refiro-me aos músicos, os investidores, os patrocinadores. As instituições têm de ter a noção de responsabilidade sobre a diversificação deste estilo musical e da manutenção da sua qualidade. Temos o exemplo do Felipe Mukenga, que faz dois ou três espectáculos por ano porque alguém se lembra que tem de fazer algo pelo Felipe Mukenga! Entre outros artistas como: Selda e Toti Samed, que fazem poucos espectáculos grandes porque os investimentos são normalmente para coisas mais comerciais. Acho que devemos melhorar neste aspecto”. Disse.
O artista mostrou-se preocupado com o pouco investimento no seu estilo musical e indignado pelo facto de os investidores darem mais atenção a músicas superficiais e pouco apostam nas músicas mais profundas. Segundo Kizua Gourgel, existem muitos jovens com a mesma linguagem musical que a dele, pese embora muitos acabam por entender que não é “lucrativo” porque as pessoas devem sobreviver e ter rendimento. Por este facto, acabam por ser obrigados a mudar para outros estilos mais comerciais porque há mais visibilidade e apostas.
Por: Graciany Sukissa