Os Lambas realizaram no sábado passado no Cine Atlântico o show de 10 anos de carreira. O grupo originário do Sambizanga, composto por Nagrelha e Bruno King é um dos mais polémicos e populares do estilo Kuduro arrastou mais de duas mil pessoas para os prestigiar.
Autores de vários sucessos como “Mexer o Bumbum”, “Comboio”, “Mamadi”, entre outros, executaram actuações dignas de levar o público ao êxtase e o mesmo acompanhava cantando cada estrofe das canções da dupla.
O ponto mais alto do show foi quando o grupo interpretou o seu grande sucesso que os tornou conhecidos pelo grande público, a “Rebenta” que serviu também para homenagear o já falecido Puto Amizade, que também era integrante do grupo.
Dos músicos anunciados estiveram presentes, Paul G, Eliei, Dj Wall Gee, Zona 5, Walter e Nicol Ananaz, Canícia, Mona Nicastro, ESSM e Pai Diesel.
Com “More More More”, Nagrelha e Pai Diesel mostraram que a Música rompe qualquer barreira e rivalidade que pudesse existir entre eles. Tendo sido notada a ausência de Titica, Noite & Dia, Tatiana Durão, Eddy Tussa e outros.
O show ficou marcado por constantes paragens devido a falhas técnicas o que causou indignação por parte do público. Mas também serviu para confirmar que mesmos sobre fortes críticas e controvérsias, os Lambas são um grande grupo de Kuduro que conquistou o coração de muitos jovens.
A apresentação do show coube ao carismático Pedro N’zagi que ao seu estilo protagonizou vários momentos de humor e dança.
Depoimentos
Paul G.
“Desde sempre acompanhei a evolução dos Lambas e para mim eles são uma potência e representam a força do gueto. Para que mantenham essa energia e potência é necessário buscar o profissionalismo. Bem-haja”.
Eliei.
“Eles merecem essa força do povo porque são muito verdadeiros. A Cultura deve valorizar mais esse estilo porque lá fora está a ganhar muito espaço, o Kuduro é nosso e devemos estar atentos a isso.”
Nicol Ananaz.
“Admiro muito o Nagrelha como músico e pessoa, sobretudo pelo número de pessoas que movimenta, algo que é fora do normal em Angola. Para mim é normal que o Kuduro esteja a ser cantado fora de Angola, isso significa que está a ser valorizado. Eu acredito que o Kuduro é o estilo do futuro pelo ritmo que o caracteriza. Eu sou fã dos Lambas”.
Pai Diesel
“ Se queremos que o Kuduro não morra devemos apostar mais nele, porque é um estilo que nos identifica. Só aqueles que não acreditam no Kuduro é que fogem para outros estilos musicais como Semba, Kwaito e House. Os kuduristas devem ter mais carácter mudar de mentalidade, há que se ter rigor maior na escolha das letras e não devem ter pressa de aparecer. Desde o final dos anos 90 pelo Kuduro me viciei, continuo firme no game, venha o vier nunca o trairei, porque de estilo nunca troquei e nunca vou trocar se Deus quiser.” veja as fotos
Creditos Fotos: kelly Stress
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