Pelo menos oito edifícios antigos e imponentes, do município do Lubango, província da Huíla, inspiram manutenção permanente, sob pena de comprometer a estrutura e desabarem, dizem as autoridades.
O problema se arrasta por mais de 20 anos, mas a queda de um edifício, na semana passada na rua Comandante Valódia, em Luanda, reacendeu o debate sobre o assunto, sobretudo por tratar-se de estruturas privadas, cujos proprietários negligenciaram as manutenções.
Todos estão fixados no casco urbano e de entre eles destaca-se o edifício dos Laureanos (o maior da província, com mais de 60 apartamentos), o Armazéns do Porto, o Maconge, o Bambu, o da Identificação e o da Conservatória da Huíla.
Ao todo, perto de 800 pessoas correm o risco permanente de vida, sobretudo no dos Laureanos, com a base tomada por águas paradas e do Armazéns do Porto, que há 25 anos perdeu dois dos seus pilares de sustentação frontal num acidente que envolveu um camião militar.
Em entrevista à ANGOP hoje, segunda-feira, no Lubango, o director do Gabinete Provincial de Infra-Estruturas e Serviços Técnicos da Huíla, Rosário Ima Panzo, referiu que os edifícios citados são os que mais inspiram cuidados.
Declarou que em função disso, têm trabalhado com os moradores e as administrações do bairro e do município, no sentido de manterem em bom estado de conservação os sistemas de esgotos, saneamento, hidráulicos e de electricidade, que acabam por ser os elementos principais para a corrosão das fundações.
Reforçou que são edifícios que para além de serem antigos precisam de manutenção dos seus elementos principais e estruturais, o que tem tido uma constante por parte das autoridades há mais de seis anos.
“Os edifícios já foram alistados e a situação comunicada a Luanda e temos tido indicações, no sentido de monitorar o estado de conservação. Recebemos uma equipa do Laboratório de Engenharia de Angola que fez as aferições necessárias e deixou as recomendações”, explicou.
Frisou que a maior parte desses edifícios são privados, os seus apartamentos foram alienados no âmbito da venda do património habitacional do Governo, mas sendo estruturas em que habitam famílias ou pessoas, é sempre de interesse público.