O angolano Luís Sá Silva finalizou hoje a sua estreia na Auto GP com um segundo lugar com sabor a vitória. O piloto angolano esteve muito próximo do lugar mais alto do pódio, com um ritmo que esmagava toda a concorrência, chegando a deixar o brasileiro ex-Fórmula 1, Antônio Pizzonia, a 7 segundos de diferença, mas um problema com a asa dianteira do seu monolugar obrigou o piloto a reduzir o ritmo e a perder a liderança.

Num fim-de-semana marcado por azares, Luís Sá Silva conseguiu surpreender e brilhou na sua estreia na categoria, que tem performances ao nível da GP2. Apesar do desfecho positivo, o Luís não teve a vida facilitada. Impedido de participar na sessão de qualificação, devido a problemas com a bomba de gasolina, Sá Silva não baixou os braços e fez duas corridas de grande nível.

Na Corrida 1, Sá Silva viu-se obrigado a sair da última posição da grelha mas não perdeu a motivação e mostrou ser um dos pilotos mais rápidos em prova, alcançando o sétimo lugar.

Grande protagonista da Corrida 2, o jovem angolano tinha a vitória garantida, com uma performance dominadora, mas viu a sua corrida prejudicada: «Estava a ser uma corrida brilhante, mas o problema com a asa dianteira que se soltou fez o Luís perder uma vitória que merecia. De todas formas estamos muito contentes e orgulhosos pela performance da Angola Racing Team e do Luís, que nos está a proporcionar um final de temporada excelente»,concluiu Nuno Pinto.

No final da cerimónia de pódio, Luís Sá Silva mostrou-se feliz por levar mais um troféu para Angola, apesar de não esconder a desilusão por não ter saído vitorioso do Estoril.

«Apesar do azar da qualificação, acho que o resultado até foi bastante positivo. Claro que com a vantagem que eu tinha queria muito o primeiro lugar, mas tivemos o problema da asa e infelizmente não consegui.  Mas um pódio é um pódio e só posso estar feliz, principalmente com todo o apoio que recebi aqui e directamente de Angola», declarou o piloto.

Sá Silva junta este pódio aos feitos que tem alcançado nos últimos tempos. Tornou-se o primeiro angolano a ganhar uma prova de GT na Europa e arrebatou o pleno no Campeonato Nacional de Velocidade (Portugal), com duas pole positions, duas vitórias e a volta mais rápida.