Alguma imprensa alemã da região de Dusseldorf tem contado nos últimos dias a história de um menino angolano, chamado Marcolino, que está em Oberhausen para ser tratado num famoso hospital pediátrico devido a uma doença rara e grave nos ossos.
Marcolino foi acolhido pela organização alemã «Aldeias da Paz», nome traduzido para português, e que desde 1994 está em Angola a prestar auxílio em diversas áreas junto da população mais frágil e carenciada.
Acolhida no Hospital Quakenbrucker, já foi operado pelo ortopedista alemão Ben Hogt, que retirou osso infetado e o substituiu por uma massa esponjosa que vai absorver secreções que estão a envenenar a estrutura da criança angolana. Terá de ser operado mais uma vez, continuará internado por mais três semanas e será deslocado para uma Aldeia da Paz de Oberhausen para tratamento, antes de regressar a Angola.
Este hospital recebe crianças de todo o Mundo com doenças raras e graves, sendo que colocou como objetivo cuidar de 1000 crianças angolanas.
Pedido para um tradutor português
Segundo o médico que o operou, «Marcolino é um jovem corajoso». A operação correu bem e a criança tem suportado relativamente bem o facto de estar sozinho, sem família nem amigos.
Distrai-se com Gameboy e a fazer puzzles ou a ver desenhos animados na televisão. Mas, por vezes, mostra saudades e outros pacientes alertam as enfermeiras quando, à noite, chora sozinho.
O grande problema é que no hospital ninguém fala português. Por isso, o médico apelou a um voluntário que domine a língua de Camões para que compareça no hospital. Não só para facilitar a comunicação entre o pessoal médico e o Marcolino como para entreter a criança angolana.