Por: Stella Cortêz
Proveniente de uma família com talento musical, Marília Alberto é uma cantora que começou os primeiros passos na música em 2004, quando, ao lado Célsio Mambo, interpretou a dupla Andrea Bocelli e Sara Brightmam, no concurso Unitel Estrelas ao Palco, e a partir daí, nunca mais parou.
A cantora dos estilos World music, Fado, Kilapanga e Soul music, que também se considera óptima intérprete, conversou com o PLATINALINE sobre os projectos pós-isolamento, bem como a experiência de cantar em duo com Mito Gaspar.
“Há cerca de dois anos, a TV Zimbo fez uma homenagem a Mito Gaspar e o Kayaya ligou-me a convidar para cantar uma música dele. Devo dizer que foi difícil escolher, pois eu gostava de quase todas as músicas dele. Mas escolhi a ‘Wadya Wadyaku’ por achar que era uma das músicas do Mito pouco exploradas que, na minha opinião, é muito bonita. E nos conhecemos mesmo ali no programa. Ele ficou surpreso ao ver uma jovem cantar tão bem a sua música. Agora fizemos novamente no live, e como já tive a sua permissão, quando tudo terminar, pretendo gravar uma nova versão da wadya wadyaku, e não só essa como também a música ‘Mahezu”, disse.
Marília explicou que os seus projectos artísticos passam pela divulgação e promoção da sua carreira além fronteiras, levar a bandeira angolana para outros pontos do globo.
Questionada sobre a opinião que tem em relação ao estado da música angolana, tendo em conta o surgimento do novo coronavírus, a cantora respondeu: “Só agora os músicos estão a perceber que existem ou têm de existir outras formas de trabalhar e ganhar dinheiro. Hoje, por exemplo, nos nossos encontros, já conseguimos falar sobre os direitos de autor, coisa que em angola não vigora ainda. Mas seria muito importante começarmos a olhar para este ponto. Os músicos e toda a classe artísticas deve se unir, porque não somos pedintes, nós somos artistas. E nenhuma sociedade por mais organizada que seja vive sem a arte.”