Por: Hélio Cristóvão
Dez anos após o lançamento do último CD intitulado “Certeza”, Lucas de Brito Maya Cool ou simplesmente Maya Cool, após o término da sua formação académica, viu-se completamente disponível para dar à música a atenção devida e começar a trabalhar naquele que é o seu sexto álbum de originais, intitulado “Histórias”.
O artista fez saber, com exclusividade ao PLATINALINE, detalhes do CD que, apesar de sem data concreta, está previsto para este ano. “Chegamos à conclusão que o título do álbum deve ser Histórias, por tudo o que ele acarreta, pelas temáticas das músicas que retratam a vivência do angolano, dos nossos amores, nossas histórias, participações, etc. São histórias verdadeiras, contadas e vividas não apenas por mim, mas por outras pessoas também”, contou.
Com cerca de três anos de preparação, o CD, que inicialmente estava previsto para Março passado, teve de ser estudado uma outra data para lançamento em função da instalação do novo Coronavírus no país. Entre 12 à 14 faixas musicais, extraídas dos mais de 20 temas compostos e gravados ao detalhe, além de ritmos diversificados como Semba, Kizomba e outros, Maya Cool trará, igualmente, uma gama de artistas convidados, nacionais e internacionais, nomeadamente Puto Português, Matias Damásio, Ary, Mago de Sousa, a cabo verdiana Ceuzany e outros mais.
Relativamente à influência da pandemia na sua carreira, o também produtor e compositor frisou que, tal como muitos artistas, a pandemia interferiu em vários dos seus projectos, trazendo uma influência negativa aos lançamentos de CDs e espectáculos. “Fomos os primeiros a parar e seremos dos últimos a recomeçar, no entanto, a minha classe está a atravessar grandes dificuldades, mas, felizmente, ainda temos o espírito de sobrevivência e é daí onde nos agarramos para o passo a seguir”, disse.
O também empresário que possui projectos nos ramos da Construção Civil e Restauração, tendo em vista os seus mais de 30 anos de música, avaliou que o mercado artístico angolano cresceu muito. “As portas, fomos nós que abrimos, isso começou com Bonga, passou pelo Eduardo Paim, posteriormente Paulo Flores, eu e Dom Kikas.”
Expectante com o trabalho que se avizinha, o cantor finaliza: “Não é por ser meu, mas o CD tem muita música boa, mas é pelo facto desses anos de pesquisa, dos cuidados com as temáticas abordadas, pois cantar também é um dever ético, devemos passar o legado cantando, formar, informar e transmitir conhecimento.” Finalizou.
Recorde a discografia de Maya Cool:
1997 – Lágrimas;
1998 – Igual a ti;
2000 – Anjo;
2006 – Amores;
2010 – Certeza;
2020 – Histórias?