Por: Hélio Cristóvão
Como ele mesmo diz, o ano de 2020 marca, de forma muito negativa, a vida de todos face às dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19. Particularmente para si, tanto pessoal quanto profissionalmente, o cantor diz que foi a fase mais negativa já vivida até hoje.
Em uma recente entrevista à ANGOP, o músico não quantificou valores monetários, mas revelou que, em função da pandemia que se instalou, perdeu milhares de Kwanzas. “A nossa vida artística não é como uma ciência exacta. É muito relativo o que se ganha em cada mês. Por isso, não consigo quantificar o que perdi ou quanto poderia ter ganhado durante o ano de 2020. Mas posso dizer que perdi milhares de Kwanzas.”
Maya sublinhou, ainda, que a fase pandémica não foi fácil para nenhum artista em todos os sectores da vida cultural: “Em todo mundo, em todos os sectores houve dificuldades, mas, apesar das dificuldades, acabei o ano com a realização de quatro espectáculos. Não é grande coisa, mas, nas actuais condições, é um registo louvável.”
Sobre as respostas do país, face à pandemia, o também empresário diz não serem satisfatórias. “Dentro da nossa realidade, não. Não somos um país desenvolvido e com condições para respondermos às dificuldades que as populações recônditas e necessitadas precisam. Estamos a ver que não estávamos preparados para enfrentar tal situação. Faltou, de facto, ajuda social. Chegamos à conclusão de que, afinal, se deve investir mais internamente em tudo: saúde, indústria, agricultura, habitação e educação. Mas, do ponto de vista da prevenção e combate à pandemia, o país, no caso concreto, as autoridades, têm dado boa resposta.”