Por: Stella Cortêz
Em torno das várias questões que foram sendo esclarecidas durante a sua passagem no programa Showbiz Talk, emitido na 96.8 PLATINA FM, MCK, que muitas vezes viu as suas actividades serem adiadas, e nas razões mais rigorosas canceladas, falou sobre os dilemas vividos em Angola após independência.
“Conquistamos a independência em 1975, mas todos os nacionalistas, fundamentalmente aquelas peças determinantes no processo de libertação nacional, a primeira coisa que fizeram a seguir foi comprar uma casa em Portugal, ou seja, não se destruiu o imaginário. As consultas, nascimento e formação dos filhos acontecem fora do país. Continuamos numa independência, porém, mais crónica porque expulsamos o colono para dar ao colono”, frisou o rapper.
Katrogi explicou ainda que não houve a possibilidade de se desfazer do imaginário colonial, sublinhando, igualmente, que existe uma barreira na caracterização legal na atribuição de três nomes nacionais.
“Se formos a um serviço de registo vamos verificar que tem sugestõs de nomes com origem portuguesa. É muito difícil ter alguém com o nome de “Katrogi”ou “Quissanga Ngola Njinga”, por exemplo. Então, existe um conjunto de aspectos que deveriam ser discutidos como a questão da apresentação estética do cabelo natural, as roupas e literatura africana. Existem espaços radiofônicos em Angola, inclusive, que têm espaços definidos para músicas africanas. É importante repensar neste sentido”, ressaltou.
Mais detalhes dessa entrevista você poderá acompanhar na íntegra na plataforma do Unitel Show.