Hetiana António Ganchas, de 26 anos de idade, é uma jovem licenciada em Medicina, pela Universidade Privada de Angola (UPRA), que na madrugada desta sexta-feira (3), por volta das 3h, no bairro Vila Alice, socorreu uma jovem em trabalho de parto, juntamente com uma vizinha, polícia e seguranças que trabalham nos arredores.
O Platina Line entrou em contacto com Hetiana António, que, em entrevista, apontou o juramento à profissão como motivo de ter ajudado, pelo que agradeceu outros que também apoiaram a jovem gestante.
“Eu fiz um juramento e é a minha obrigação como médica apoiar ou ajudar quem padece. Estamos todos de parabéns tanto eu, a vizinha, seguranças e a polícia. Foi um trabalho em equipa, o mérito é nosso”, disse Hetiana António.
Hetiana relatou ainda que os gritos puseram-na em alerta, mas ao mesmo tempo receosa em sair para ver o que se passava. Porém, o barulho, que parecia ser um assalto, transformou-se em gritos de dor e choros de um bebê que levou a jovem médica acordar o seu irmão e acompanhá-la até a porta.
“Dei conta que se passava um trabalho de parto, como ainda estava muito escuro, acordei o meu irmão e pedi que ele me acompanhasse até a porta para poder dar os primeiros socorros à senhora. Ao sair apercebi-me que se tratava de uma jovem que já estava deitada no meio da rua sem roupa e o bebê a sair por completo, então, fui para o carro onde deixo o meu material de trabalho.
Vesti as luvas, tirei todo o material possível que pudesse ajudar naquele momento e dei os primeiros socorros à jovem e ao bebê”, detalhou a médica.
O bebê ao relento e sem roupa fez com que Hetiana recorresse às roupas do seu pai para cobrir a criança, e em seguida, tanto a vizinha, polícia e seguranças notificaram a família e o INEMA que levou a mãe e o bebé à Maternidade Lucrécia Paim.
Ao terminar, em entrevista, Hetiana António demonstrou desejo em saber mais sobre o actual estado da mãe e o bebê nos próximos dias.
Por: Liliana Victor e Lindeza Admizalda