A 82º edição da Pitti Uomo aconteceu nos passados dias 18 a 21 de Junho, em Florença, Itália. Uma espécie de clube privado de rapazes, aonde é interdita a entrada feminina. Pitti Uomo é considerada uma das, senão a mais importante plataforma retalhista de moda masculina, e para provar, conta com 1065 marcas, e mais de 30 mil visitantes na Fortezza da Basso, local das exibições e desfiles. Cerca de 20 mil desses visitantes são compradores das lojas ou jornalistas/editores das mais variadas revistas do mundo.
Deste modo, encontram-se aqui reunidos os ingredientes perfeitos para um festim visual, em termos de estilo de rua. Uma oportunidade única de avaliar, apreciar e meditar sobre a realidade do vestuário masculino. Muitas das vezes estigmatizado, é um dos calcanhares de Aquiles do mundo da moda. Como conseguir elegância, personalidade, praticabilidades mas ao mesmo tempo não perder a seriedade? Assim como, a eterna luta diária travada no quotidiano de aliar um visual formal para o local de trabalho mas ao mesmo tempo confortável e descontraído?
Aqui ficam alguns exemplos da nossa seleção dos melhores looks desta semana recheada de virilidade.
Quisemos aprofundar um pouco mais a questão. Dirigimo-nos para a Baixa Chiado, em Lisboa, Portugal considerada um dos locais de preferência para os amantes de moda da capital Lisboeta.
Encontramo-nos com Rui Martins, português, 31 anos, gerente na loja Zara (Chiado, Lisboa). O mesmo descreve-se como um amante do estilo clássico mas com inclinações modernistas. Não encontra qualquer tipo de restrição em conjugar o seu look para trabalho e vida pessoal, pois tem a sorte de trabalhar para uma marca de vestuário, o que só por si elimina as barreiras mais formais que os homens que trabalham em organizações empresariais têm de lidar no seu dia-a-dia.
Rui Martins, português, 31 anos, gerente na loja Zara (Chiado, Lisboa).
No outro espectro encontra-se Ricardo Cardoso, 20 anos, angolano, estudante de moda pretende seguir jornalismo nesta área. Contou-nos que não encontra qualquer tipo de limitação, senão a cidade em que reside, Lisboa.
“Não veem com bons olhos ou não entendem que existem pessoas que se vestem de maneira diferente, e que se limitam a ser elas mesmas, isso deve ser respeitado acima de tudo, em qualquer parte do mundo”.
Admite porém que apesar disso considera-se uma pessoa livre e espontânea que não segue regras no que toca ao seu vestuário nem se importa com o que os outros pensam sobre si.
Ricardo Cardoso, 20 anos, angolano, estudante de moda pretende seguir jornalismo nesta área.