O cantor sul-africano Mduduzi Edmund Tshabalala, conhecido por Mandoza, morreu este domingo aos 38 anos, vítima de um cancro. O rei do kwaito, um género surgido nos anos 1990 em Joanesburgo, parecido com o afro-house mas de batida mais lenta, percussões africanas e letras declamadas ou gritas, nunca cantadas ou rapadas informou o site Rede Angola na sua edição de Segunda Feira.
O artista de 38 anos foi diagnosticado no ano passado com cancro e realizou o tratamento, mas no início deste mês a sua mulher, Mpho, referiu que Mandoza estava em “estado grave” depois de lhe terem sido descobertas metástases no cérebro – quando as células cancerígenas se espalham para outras zonas do corpo – no caso do cérebro provocam hemorragias.
Mpho sublinhou que o cantor estava “bem”, mas no último concerto em que participou, no Soweto, surge visivelmente fragilizado, sendo apoiado em palco pelos amigos.
“Estou aqui esta noite para actuar para vocês. E mostrar que o diabo é um mentiroso”, gritou em palco.
Mandoza cantou apenas uma música, o que deixou os fãs preocupados, principalmente depois das imagens da apresentação começarem a circular nas redes sociais. Ao que Mpho voltou a dizer que estava “bem”, apenas “cansado”.
Nascido em 1978, no Soweto, Mandoza foi um dos primeiros artistas negros a conseguir sucesso na África do Sul ainda durante o apartheid. Um dos seus maiores sucesso é “Nkalakatha”, lançado há 16 anos.
Depois dos anos 2000 a sua carreira teve altos e baixos com polémicas em torno de dependência das drogas e um grave acidente de automóvel. Mesmo assim, Mandoza sempre foi considerado um dos maiores “ícones” da música sul-africana.