Por: Stella Cortez
Aos 41 anos de idade, Nadir Tati pretende continuar a expandir a sua marca internacionalmente. Inspirando-se nas próprias vivências, a estilista desenvolve o seu trabalho sempre com base nas suas raízes e todas as colecções que faz são dirigidas ao povo angolano.
A Diva da Moda participou, pela terceira vez consecutiva, no Moda Lisboa, onde apresentou uma colecção totalmente masculina, que mais um vez dedicou à sua terra natal (Angola). Em entrevista à Revista Lux, a modista falou da grande importância deste evento para a sua carreira: “O Moda Lisboa é o evento mais importante que tenho agora na minha carreira e é uma responsabilidade muito grande criar para anualmente apresentar novidades. Não sou uma convidada; tenho a honra de fazer parte do calendário oficial do evento português”. A criadora, que mais uma vez representou o país com dignidade e trabalho à altura, mostrou uma colecção que funciona não só no continente africano, mas também na Europa.
Para desenhar, a estilista inspira-se na história de vida dos angolanos, sobretudo na das mulheres lutadoras como ela, porque são essas mulheres que fazem o seu trabalho ser melhor a cada dia. Satisfeita, Nadir frisou, ainda, sobre a responsabilidade de ser uma fonte de inspiração para os novos criadores. “Sou uma mulher muito feliz com quase todos os meus objectivos realizados. Tenho ajudado muitos jovens a mudarem de mentalidade, digo-lhes que a moda é para todos e pode-se ter moda e estilos sem muito dinheiro, porque muitos designers, incluindo eu, acabam por se inspirar nas pessoas dos bairros” explicou a criadora.
Além da moda, Nadir Tati é formada em Criminologia e trabalha na área dos Direitos Humanos, especificamente com crianças, e está envolvida na construção de uma escola. A criadora defende que a educação é um valor essencial para toda a sociedade e o estado angolano deve ajudar na sua valorização.
A estilista, que tem as suas clientes como principais promotoras, sente-se honrada em vestir algumas personalidades, como é o caso da primeira-dama de Angola, Ana Paula dos Santos, e afirma que não são todos os dias e nem todos os criadores têm os seus trabalhos representados na Forbes ou Vogue Itália e isso motiva a modista a continuar afirmando o seguinte: “Estou aqui para lançar tendências, não para fazer cópias; sou criadora não copiadora” disse Nadir Tati.