Um mês depois de lançar o single “Carta Industrial”, o rapper angolano Niiko decidiu, pela primeira vez, falar publicamente sobre as razões que o levaram a fazer a música denominada “Carta Industrial”, um tema que deu muito que falar, por tocar em assuntos “sensíveis” ligados ao mercado musical angolano.
O seu pronunciamento foi feito nesta Terça-feira (19), no podcast “Mercado Lusófono”, onde explicou que quando fez a música, inicialmente, o título seria “Falso Eu”, justificando desta forma o início da sua fala na música e explicou o porquê do conteúdo da música. “A carta era para ser um falso eu, é aquele falso eu que tipo, na Internet, tudo é muito bonito, nós estamos lá com aquelas fotos bonitas, pratos (…) e quando você liga para a pessoa: ‘estou aqui com bwe de dor, estou triste, deprimido’ (…) Então, a ideia era falar sobre o falso eu, por que que às vezes não postamos que não estamos fixes? (…) comecei a escrever e dei por mim, tinha quatro páginas. (…) A música virou carta industrial porque era revolução industrial”, clarificou.
Questionado sobre o feedback da música, Niiko disse que recebeu muitos parabéns pela ousadia na música, e no tocante a pronunciamentos menos abonatórios disse que não sentiu. “A nível de “hater”, não senti, foi tudo silencioso. O “hater”, se apareceu, foi defendido pelo povo, e eu senti-me grato”, rematou. Por: Nunes Hebo