São publicados, anualmente, dezenas de estudos de europeus, americanos e asiáticos sobre a Rainha Njinga Mbandi, a soberana que reinou nas terras do Ndongo e da Matamba por décadas. É das figuras ou a figura mais estudada que viveu e nasceu no actual território de Angola.
A sua presença é marcante no imaginário da diáspora “angolana” espalhada pelo mundo, especialmente em África, claro, e nas Américas.
Por isso, o interesse mundial de levar a sua memória ao cinema é absolutamente natural. Assim sendo, não percebo o absurdo do abaixo assinado que classifica o projecto de produção de um documentário/filme sobre a soberana, de americanos ou europeus, como uma afronta ao país, à nossa “soberana “cultural.
A nossa amiga brasileira Mariana Bracks tem um excelente trabalho, minha humilde avaliação, sobre a Rainha Njinga, conheço um livro. Um livro que pode servir de base para um filme ou documentário.
O épico filme O Último Imperador (chinês), filmado na Cidade Proibida, é uma produção de Hollywood. Uma história chinesa, conduzida no cinema por americanos.
Respeito os promotores da ideia, a malta que apoia. Mas a tal petição é tão ridícula que classificar como patética, peço desculpas pela frontalidade, é elogio.
Autor: RAIMUNDO SALVADOR
Jornalista Cultural