“Eu fiquei um tempo adoentado”
Nove anos após a morte da cantora angolana Própria Lixa, Limas do Swagg, irmão da mesma, revelou em entrevista exclusiva ao PLATINA FM, nesta Sexta-feira, que o passamento físico da sua irmã causou-lhe muitas debilidades quer a nível pessoal como profissional, e deu a conhecer que ficou com problemas psicológicos.
“A morte da minha irmã criou-me problemas psicológicos, eu fiquei um tempo adoentado, já não queria cantar, até agora ainda tenho esta mágoa quando tenho que colocar o pé no estúdio, sinto que estou a ir sozinho, não está a minha irmã para me orientar como deve ser feito… Falar deste assunto até me deixa arrepiado… A Lixa, sempre foi uma ponte para mim, sempre foi um escudo, sempre fui o menino dos olhos dela, porque tudo o quanto era abertura, ela não me deixava de parte e eu sentia-me a crescer, a morte da minha irmã criou-me debilidade profissional, houve momentos que tive que recuar”, desabafou.
Bastante emocionado, o músico lembrou-se dos ensinamentos passados pela sua irmã, enquanto em vida, e disse que no acto fúnebre de Própria Lixa, ele viu pessoas a festejarem a morte da eterna cantora angolana.
“Eu aprendi com ela que nesse mundo não se confia em ninguém, que o mundo da fama é de muita falsidade… Eu vi pessoas a festejarem a morte da minha irmã ao invés de chorarem… É isso que aprendi com ela… Felizmente aprendi. A Lixa morreu em físico, mas ela vive na minha memória, ela vive na memória de muita gente, falar dela, levanta-me uma dor no coração, uma tristeza… Quando eu falo da Lixa, consigo lembrar o rosto dela, consigo vê-la diante de mim, isso deixa-me… sei lá”, terminou aos prantos Limas do Swagg.
Por: Sara Rodrigues