Carregado de estigma e dor intensa entre as mulheres, o sexo anal ainda é um tabu na sociedade angolana e não só. Segundo estudos feitos pela Universidade Indiana em parceria com a empresa For Goodness Sake, concluíram que o sexo anal pode ser uma ferramenta poderosa para estimular o orgasmo feminino.
Os resultados dos estudos foram publicados no final do mês de Junho pela revista Científica Internacional Plos One, onde foram testadas mais de 3 mil mulheres com idades a rondar entre os 18 e 93 anos, de forma cuidadosa, e afirmam que o sexo anal sem total penetração pode ser benéfico para o prazer feminino.
A sexóloga da INTT, Carla Geane, disse que muitas mulheres têm a vontade de experimentar, por terem medo acabam por se privar e com receio de serem julgadas pela sociedade.
“Vejo que algumas mulheres têm vontade de experimentar, mas acabam se privando por medo do julgamento. Digo que o prazer tem que anteceder a cultura da sociedade. Todo nosso corpo é capaz de prazer se nos permitirmos. O sexo anal é só mais uma forma”, disse.
Os estudos destacam ainda que 40% das mulheres preferem o toque ao redor do ânus, 35% desejam ser penetradas com a ponta do dedo do parceiro, e 25,7% prefere a penetração com o pênis.
No final, a sexóloga deixou conselhos para as mulheres que desejam experimentar a penetração e desfrutar do prazer e lembrou dos riscos em fazer o sexo anal.
“E coloque um bom lubrificante, pode ser, inclusive, um sensorial, que esquente ou faça a região vibrar.”
O uso de preservativo é imprescindível. O ânus é uma região muito vascularizada, e além da transmissão de várias infecções ela é cheia de bactérias que podem colocar em risco a parceria”, aconselhou a especialista.
Por : Helder Lourenço