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    Palanca Negra está ameaçada

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    Quatro manadas de palancas negras com 50 animais, incluindo alguns machos territoriais, fêmeas reprodutoras, jovens e crias, foram localizadas  na reserva do Luando, província de Malange, durante uma expedição científica, informou ontem, em Luanda, o coordenador do projecto de conservação da espécie, Pedro Vaz.

     

     


    Apesar dos resultados,  o coordenador do projecto de conservação da Palanca Negra, do Ministério do Ambiente,  lamentou o facto de se confirmar o desaparecimento deste antílope na maior parte da reserva do Luando, em consequência da guerra civil e da caça furtiva.

     

     


    “A caça furtiva está muito activa através da utilização de armadilhas de laço. Foram encontradas várias palancas fêmeas com ferimentos graves nas patas, por causa dessas armadilhas, e temos fotos de pelo menos duas dessas fêmeas que devem morrer em breve por causa dos ferimentos”, disse Pedro Vaz


    Em declarações à Angop, acrescentou que a caça furtiva nos últimos anos tem impedido a sobrevivência das crias e o seu recrutamento para a manada, uma vez que foram detectados pelos especialistas  vários animais velhos e crias deste ano ainda recém-nascidas, mas com muitos poucos animais jovens, entre dois e sete anos.
    Durante a segunda fase de captura da palanca negra gigante que decorreu de 27 de Julho a 20 de Agosto deste ano, foram levados para o santuário de Cangandala oito animais, sendo seis fêmeas jovens e dois machos, com oito e dois anos. Estes animais juntaram-se a outros para reprodução de novas manadas no santuário do Parque Nacional de Cangandala, província de Malange. Segundo o mesmo responsável,  Ministério do Ambiente e parceiros têm  nos seus registos um total de 19 animais, dos quais cinco machos e 14 fêmeas, todos já no santuário criado no parque de Cangandala.

     


    Mesmo assim, Pedro Vaz disse ser ainda preocupante a situação actual da palanca negra gigante,  sendo mesmo um dos mamíferos mais ameaçados de extinção do mundo. “Se não agirmos com firmeza e imediatamente, corremos o risco de ver a palanca desaparecer nos próximos anos”, alertou Pedro Vaz. O número total de palancas sobreviventes é de menos de 100 animais, confirmadas apenas 50 no Luando e 20 em Cangandala. A caça furtiva é a principal ameaça, estando ainda descontrolada na reserva do Luando.

     

     


    Pedro Vaz firmou que o combate à caça furtiva na zona da palanca tem de ser uma prioridade nacional, abrangente, e não apenas circunscrito aos órgãos tradicionais da tutela, como seja o Ministério do Ambiente, e seus parceiros, nomeadamente, a Universidade Católica e a Fundação Quissama. Disse ainda que a protecção da palanca negra nas duas reservas passa pela acção de agentes de fiscalização no terreno e reforço das campanhas de sensibilização no seio das comunidades, sobretudo aquelas que vivem próximo das suas reservas. 


    Pedro Vaz sublinhou que neste momento existem apenas alguns pastores, agentes não oficiais, com pouca formação, para proteger as reservas. Sublinhou o empenho das Forças Armadas Angolanas e da Força Aérea que trabalharam satisfatoriamente durante a segunda fase de captura do antílope.

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