No quarto dia de julgamento do médico Conrad Murray, acusado de homicídio culposo pela morte do popstar Michael Jackson, um paramédico disse que poderia ter salvado o cantor caso a emergência tivesse sido chamada mais rapidamente. Quando o socorro chegou ao local, disse, Jackson já estava morto.
Segundo o site americano TMZ, o paramédico do Corpo de Bombeiros de Los Angeles Richard Senneff, ouvido nesta sexta-feira no tribunal, contou que Murray demorou cerca de 20 minutos para pedir socorro e mentiu sobre o estado de saúde do cantor, dizendo que ele estava bem. Jackson, ao contrário, estava muito abaixo do peso ideal e por isso tinha um suporte para soro ao lado da sua cama, além de diversos frascos de remédio.
Senneff falou que o cardiologista não mencionou em momento algum a utilização do anestésico propofol, apenas de um tranquilizante chamado lorazepam. De acordo com o testemunho, oo paramédico, depois de decidir levar Michael para o hospital e colocá-lo na ambulância, voltou ao quarto do cantor e viu Murray recolhendo objetos do chão.
O médico é acusado de negligência que levou a morte por overdose do cantor. Sua defesa afirma que Michael Jackson estava viciado em propofol e teria tomado o medicamento por contra própria naquela noite. Se condenado, Conrad Murray perderá a licença para clinicar e pode pegar até quatro anos de prisão.