A professora de história e estudos afro-americanos da Universidade de Boston, Estados Unidos da América, Linda Heywood, Linda Heywood, lançou quinta-feira a obra literária Njinga de Angola – Raínha Guerreira Africana (NJinga of Angola – Africa’s Warrior Queen).
Considerada pela autora como a Cleópatra da África Central, a guerreira africana de Angola é apresentada na obra de Linda Heywood como uma mulher cheia de qualidades cuja história repleta de todos os interesses e inclinações a tornaram humana.
Segundo a autora, a obra da fascinante “Raínha Njinga de Angola” é um complemento essencial para o estudo do mundo do Atlântico negro, tratando-se do segundo sobre a mesma temática.
A professora e historiadora fez uma incursão sobre as qualidades diplomáticas da Raínha Njinga a Mbande, nas suas negociações com os colonizadores portugueses e holandeses, na época.
Dona Ana de Sousa ou Ngola Ana Nzinga a Mbande ou Raínha Ginga foi uma Raínha Ngola dos reinos do Ndongo e de Matamba, no Sudoeste de África, no século XVII. O seu título real na língua Kimbundo, Ngola, foi o nome utilizado pelos portugueses para denominar aquela região de Angola.
“Já estive em Angola para fazer as minhas pesquisas e pretendo brevemente regressar para estabelecer contactos com a titular do Ministério da Cultura, a fim de que este projecto possa estreitar cada vez mais os laços que nos unem e obviamente fortalecer a cooperação bilateral entre Angola e os EUA, no domínio cultural”, disse Linda Heywood durante o evento.
Linda Heywood oferece assim o primeiro estudo completo em inglês da longa vida e influência política da raínha Njinga a Mbande, revelando a sua trajectória hábil que em última instância, transcendeu as implacáveis lutas de poder dominadas pelos homens do seu tempo.