A revista France Football anunciou esta terça-feira as mudanças no prémio Bola de Ouro, que deixa de entregar em parceria com a FIFA. Distinção será anunciada mais cedo e apenas contam os votos dos jornalistas.
O prémio que distingue o melhor futebolista do ano e que se desvinculou da parceria com a FIFA (que durou de 2010 a 2015), será entregue antes do final do ano civil e resultará da votação a um conjunto de jornalistas. Isso poderá prejudicar Cristiano Ronaldo e Lionel Messi: os crónicos vencedores do troféu nos últimos oito anos não teriam ganho as edições de 2013 e 2010 (respetivamente) se apenas tivessem contado os votos dos representantes da comunicação social.
A France Football anunciou que a eleição será determinada a partir de uma lista inicial de 30 jogadores (mais sete do que nas edições anteriores) e que deixará de haver o anúncio intermédio dos três finalistas. Adiando mais pormenores para a próxima edição da revista, a publicação francesa explicou que o vencedor será anunciado mais cedo, “antes do final do ano civil” (quando o prémio conjunto com a FIFA era entregue em janeiro).
No entanto, a principal mudança será mesmo a recuperação do formato original de eleição da Bola de Ouro da France Football, abdica dos votos dos selecionadores e capitães das equipas nacionais (utilizados nas distinções da FIFA). “Esperamos, desta forma, que [a Bola de Ouro] recupere alguma justiça, sem a participação de elementos que pretendam defender companheiros [de seleção]”, explicou a revista.
Ora, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi foram dos que mais beneficiaram dessa situação, desde a criação do prémio conjunto, em 2010. Nesse ano inicial, o prémio foi para o argentino – mas o holandês Wesley Sneijder teria sido o vencedor, se tal dependesse apenas da vontade dos jornalistas (somou 293 pontos). Já em 2013, o prémio teria ido para o francês Franck Ribéry (524) se apenas valessem os votos dos representantes da comunicação social – ao invês disso, foi o português CR7 a celebrar.
No total, Messi já foi eleito o melhor do mundo por cinco vezes (2009 – conciliando os prémios da FIFA e da France Football, 2010, 2011, 2012 e 2015) e Cristiano Ronaldo recebeu-o por três (2008 – também acumulando as duas distinções -, 2013 e 2014).
Platinaline/DN