Por: Stella Cortêz
Escolhida para a terceira edição da obra teatral “Monólogos da Vagina”, que levanta pautas sociais e ainda necessárias sobre o empoderamento feminino, Rossana Miranda, por meio de uma citação, frisou que é quase um fardo nascer mulher numa sociedade como a de Angola, pois a seu ver, as pessoas acreditam que as mulheres vieram ao mundo para ser simplesmente donas de casa.
Na visão da também apresentadora de televisão, além de adornar obras de artes e serem donas de casa, as mulheres também têm sonhos e dramas, e levam um processo para conhecerem o seu corpo.
“As mulheres para se afirmarem na sociedade precisam ser dez vezes melhores do que os homens e mesmo quando chegam num patamar mais elevado há sempre alguém que questiona, e esse alguém muitas vezes são outras mulheres. Então, não é fácil ser mulher, é muito difícil desde o momento que nascemos até a nossa vida adulta, por isso que digo que é um fardo, no entanto, é também muito prazeroso ser mulher”, disse.
Indagada se já encarou algumas barreiras para se tornar na mulher e profissional que é, a apresentadora da Televisão Pública de Angola respondeu:
“Imensas e acho que vou continuar a ultrapassá-las, a nossa sociedade ainda é muito machista, já passei por muitas coisas por ser mulher, as pessoas olham para as mulheres como um objecto sexual, logo, de primeira ninguém olha e consegue caracterizar o conhecimento e inteligência da mulher, apenas olham para as mulheres como pessoas sem item algum”.