O Ruanda vai abolir a necessidade de visto para os africanos que viajem para o país, adotando uma medida para impulsionar a livre circulação de pessoas e comércio no continente, para rivalizar com o espaço Schengen.
O Presidente Paul Kagame fez o anúncio esta quinta-feira (02.22), na capital ruandesa, Kigali, onde apresentou o potencial de África como “um destino turístico unificado” para um continente onde o turismo ainda depende em 60% dos turistas de fora de África.
“Qualquer africano pode apanhar um avião para Ruanda quando quiser e não pagará nada para entrar no nosso país”, anunciou Kagame durante a 23.ª Cúpula Global do Conselho Mundial de Viagens e Turismo.
“Os africanos são o futuro do turismo global, uma vez que a nossa classe média continuará a crescer a um ritmo acelerado nas próximas décadas”, destacou.
Uma vez implementado, o Ruanda tornar-se-á o quarto país africano a remover as restrições de viagem para os africanos, depois da Gâmbia, o Benim e as Seicheles.
Quénia tem planos semelhantes
O Presidente do Quénia, William Ruto, anunciou esta segunda-feira (30.10) planos para, até 31 de dezembro, também permitir que todos os africanos viajem para o país da África Oriental sem visto.
“As restrições de vistos entre nós estão a funcionar contra nós. Quando as pessoas não podem viajar, os empresários não podem viajar, todos nós nos tornamos perdedores líquidos”, disse Ruto numa cimeira internacional no Congo, Brazzaville.