Por: Sued de Oliveira
A Bahia de Luanda foi mais uma vez palco de deslumbre e requinte musical por receber pela segunda vez o Jazzing, “Festival de música alternativa organizado pela Showbiz” com intenção de promover o intercâmbio de artistas nacionais e de vozes doutras jurisdições e pontos do mundo.
A semelhança da primeira edição, a segunda edição do Jazzing reuniu três vozes de Alto calibre que encarregaram-se de proporcionar ao público uma corrente eufórica de emoções cada um a sua maneira.
Pelo palco passou Selda fazendo-se acompanhar pela sua banda, que deu início ao evento de forma simples e expressiva, sempre com os seus acordes ligeiramente suaves, feito isso os presentes não se mostraram indiferentes e presentearam-na com uma chuva de aplausos.
A seguir tomou o comando do palco o moçambicano Stewart Sukuma que veio substituir a cantora Ayo em grande estilo e nível de performance, o músico interagiu de forma clara e divertida com o público deixando-os mais a vontades do que eles a ele, arrancou gargalhadas com as histórias que ia contando no decorrer da sua performance, e confessou ter sido surpreendido pela recepção para lá de calorosa do povo angolano agradecendo à todos pelo carinho.
A cereja no topo do bolo foi o grande Lokua Kanza que fez um trabalho inquestionável e digno de aplausos em pé por várias vezes. Kanza trouxe consigo o seu grupo de músicos que o auxiliou de forma assídua. Cada interpretação feita por si arrancou uma reação diferente aos espectadores que não souberam conter a emoção de ter um dos ícones da música alternativa africana a abrilhantar os ouvidos mangolés com a nossa Bahia de Luanda a testemunhar. O ponto mais alto do festival, ficou pautado pelo dueto inesperado de Kyaku Kyadaff e Lokua Kanza com a conhecida faixa Meu Amor. Tão emocionante foi o dueto que a pedido do público houve uma segunda interpretação do single.
Lokua Kanza após a sua performance que encerrou o festival bianual de Jazz, autografou cópias do álbum “Nakozonga” e cedeu aos fãs um momento fotográfico.