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    Entrevista: Sharam Diniz "A minha adolescência foi turbulenta,."

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    “A minha adolescência foi turbulenta,.

    É um dos  rostos da nova era da  moda em angola. Tendo inciado a sua carreira aos 17 anos em angola, pode-se dizer que Sharam Sharam Diniz, tem vindo a criar um caminho de forma sólida e acredita-se  que ira  tornar-se  num dos nomes mais fortes da moda angolana e  do mundo. , foi eleita em 2010,2011 como melhor modelo angolana no moda luanda, é novo rosto da Unitel, e recemente foi nomeada como diva da Moda. neste momento está em Nova York onde fará trabalhos para uma  importante marca Europeia. 

     É uma jovem que tem os pés na terra e que irá calmamente conquistar um lugar na moda. Desfrute com exclusividade, a Entrevista com Sharam Diniz conduzida por Sarchel Necesio 

     

    Sharam-Sharam Diniz, nome lindo e exótico, Sharam. É assim mesmo que está registada?

    Sim, o nome é de origem Perso/Árabe, e significa “modéstia, timidez”.

    19 anos, Top Model, melhor modelo angolano pelo Moda Luanda, melhor modelo do Super Model of the World, em Portugal, vencedora do Face of Office, do Look Magazine Model Search, em Londres. Estamos diante de um mito e de uma diva da moda internacional?

     Digamos, apenas, que se trata de uma menina/mulher de sorte, que conseguiu alcançar todos esses títulos num curto espaço de tempo.

     

     


     Há quanto tempo começou com a carreira de passarelas ?

     

    Comecei há dois anos atrás, com 17 anos. Já recebia propostas para desfiles desde os 14 anos, mas só decidi tentar a carreira aos 17 anos, em Luanda, quando assisti ao Angola Fashion Week, e fui muito estimulada e apoiada pela Karina Barbosa, da Step Models.

     


    Quais as principais barreiras que enfrentou   no início da sua carreira?

     No começo, tive que vencer a falta de auto-estima e de confiança, o que me trazia insegurança.

     

     


    Ainda  existem , nesta fase?


    A auto-estima já não é problema. Mas a insegurança ainda está presente em alguns castings, o receio e o nervosismo de não estar entre as melhores e de me decepcionar.


    Os seus pais,  confiaram no seu talento ?

     Os meus pais… bem, de início foram as minhas barreiras, mas agora são a minha “claque” (risos). Tanto o meu pai como a minha mãe temiam que uma carreira de modelo impedisse os meus estudos. Mas a minha convicção com essa carreira levou a um comproSharam-Sharam3misso mútuo: Eu concilio a vida de modelo com a vida académica, e eles estão do meu lado. Na verdade… eles estariam sempre do meu lado, porque só querem o meu bem.

     


    Qual foi a sua primeira impressão do mundo da moda?

     


     A existência de muita rivalidade e competição.

    Como é a vida de modelo?

     


     Não é uma vida fácil. Muitas vezes temos de abdicar de outras actividades, até de diversão, por causa do trabalho. Passamos a ter regras alimentares. O cuidado com a nossa imagem é fundamental. Em ambiente público, a Sharam-modelo tem de comportar-se de forma especial, com auto-vigilância sempre presente.

    E qual é a parte mais incrível de estar “modelando”?


     A agitação dos bastidores antes do show começar, aquele frio na barriga, o coração aos pulos, e a sensação de “poder” quando se está em cima da passarela.


    O mundo da moda é preconceituoso?

     Não deixa de ser. Mas nem sempre, para mim, pela cor da pele. Há outros motivos de preconceito, como se o cabelo é comprido ou curto, se o peito é grande ou pequeno, e por aí além.

    Mas você já foi alvo de algum tipo de preconceito?

    Sharam Diniz: Sim, já fui. Por exemplo, quando uma opção de trabalho me levou a Toni and Guy, uma equipa de cabeleireiros famosa no Reino Unido, não passei no casting por estar a usar extensões de cabelo.


      Que modelo te inspira?


    Sharam Diniz: Naomi Campbell. Porque, sendo negra, conseguiu conquistar uma posição entre as melhores “Top Model International”. E porque me dá mais motivação e coragem para enfrentar os preconceitos.

    Quais são os seus designers ou marcas favoritas?

    Sharam Diniz: Em Luanda existem excelentes designers, que eu não gostaria de indicar, para não cometer injustiças. No exterior, aprecio Karen Millan, Marc Jacobs-Louis Vuitton, Alexander McQueen, Christian Dior e Ralph Laurent.

    Que momento da sua carreira vai ficar para sempre na sua memória:

    Sharam Diniz: A carreira ainda é curta, mas eu não vou esquecer a fase final do concurso Super Model of the World, da Ford Models International, em São Paulo, Brasil, em Janeiro deste ano. Eram 38 concorrentes, meninas/mulheres belas, de outros tantos países, de quatro continentes. Pela primeira vez perdi uma batalha, mas estive muito perto de ganhar. E tive o lindo suporte da presença da minha família e amigos, com destaque para minha mãe, e para Karina Barbosa da Step Models. Com tudo isso, aprendi muito para o meu futuro. Nunca vou esquecer.

    E quais são os seus planos daqui para a frente?


    Sharam Diniz:
    Acabar a Universidade e continuar a trabalhar como modelo.

    Como é lidar com o glamour e o luxo do mundo da moda?

    Sharam Diniz: Não é fácil, porque, no começo, ficamos deslumbrados com a beleza ambiente e com uma aparente riqueza. Mas graças a Deus não me faltam conselheiros, como por exemplo o meu irmão, que está próximo, e os meus pais, embora longe, a chamar-me à terra, e a mostrar-me que todo esse mundo é fictício, e que a realidade é diferente.

     


    Até que ponto a fama, o dinheiro e o status trazem felicidade? 

     

     


    Sharam Diniz: Se tivermos com quem partilhar tudo isso, é óptimo, mas sem amor, nada vale a pena. E quando me refiro a amor, não é necessariamente um parceiro, mas também outras pessoas, com quem possamos contar sempre, e com quem possamos partilhar os altos e os baixos da vida.

    Como era a sua vida em Angola? Porque deixou o nosso país?

    Sharam Diniz: A minha vida em Luanda era normal, com a família, os amigos, os estudos, a escola, a praia, as festas, e o quotidiano da cidade. Fui ao Reino Unido para aperfeiçoar o meu inglês, mas depois concluí, e os meus pais concordaram, que seria bom continuar os estudos no exterior. E a minha carreira de modelo também foi beneficiada com esta decisão.

    E como é a vida em Leeds?

     


    Sharam Diniz: Completamente diferente da de Luanda. A começar, logo de manhã, pelo transporte para a Universidade, nada de motorista para me levar à escola (risos) mas sim, muito cedo, apanhar o “bus” ou o “train” para chegar a tempo às aulas. Os trabalhos de modelo são normalmente em Londres, então há que viajar de comboio. Leeds é uma cidade universitária, calma, mas a minha vida, como expliquei, tem uma certa agitação.

     

     


    E a opinião das pessoas em relação ao que faz tem sido positiva?

    Sharam Diniz: Sim, tem sido bastante positiva pelo que dou graças a Deus. A opinião dos profissionais com quem trabalho, e dos amigos, dos fãs e da família têm sido um grande incentivo para o que faço, e influenciam o meu desempenho e o meu crescimento. Mas as críticas, boas ou más, são sempre bem vindas.

     

     

     

     

    Continua a estudar? Se sim, qual é o curso que faz?

    Sharam Diniz: Sim, continuo. Estou na  Universidade de Leeds, em Gestão e Produção de Eventos. Tem a ver com a minha carreira profissional e abre-me portas para outras áreas de grande expansão, em Angola e no mundo, como o Turismo.

     

     Quais são os seus grandes desafios? 

    Sharam Diniz: A minha intenção é trabalhar arduamente dia após dia, e a minha meta é atingir os patamares mais elevados da carreira das top models, talvez nesta nova geração a que pertence a Chanel Iman.

     


    VIDA PESSOAL

    Assusta-a a ideia de envelhecer?

    Sharam Diniz: Não. Se seguir os passos da minha mãe (risos), e mantiver certos cuidados, serei uma idosa bem conservada. E a aparência física não é tudo, a nossa atitude e os nossos “feitos” fazem que sejamos, ou não, pessoas bonitas.

    Que cuidados tem?

    Sharam Diniz: Confesso alguma preguiça em relação a exercícios físicos. Cuido da alimentação, com frutas, yogurtes, saladas e grelhados. Mas… não consigo resistir a um “Ferrero-Rocher” (risos).

    Se pudesse o que mudava em si, no seu corpo ou feitio?

    Sharam Diniz: Aprendi a gostar de mim, do meu corpo, tal como sou, mesmo com as suas imperfeições. Mas quanto ao feitio, alguns amigos dizem-me que sou orgulhosa, e talvez tenha que me corrigir.

    O que não suporta no sexo oposto?

    Sharam Diniz: Machismo.

    Qual é o seu crime diário?

    Sharam Diniz: Batatas fritas de pacote.

    O que seria capaz de fazer por amor?

    Sharam Diniz: Depende do género de amor.

    Como reage a cantadas e assédios?

    Sharam Diniz: Há uma grande diferença entre os primeiros e os segundos. Quanto às cantadas, se não forem muito insistentes, até gosto, enchem o meu ego, fazem-me pensar que sou uma mulher interessante. Mas quanto aos assédios, que são uma coisa maldosa, é diferente. Quando os pressinto, já me preparo para me defender do perigo.

    Diante da teoria de que todo o mundo é ciumento, de 1 a 10, que nota daria aos seus ciúmes?

    Sharam Diniz: Não concordo que os ciúmes possam ser medidos. Mas quando gosto, sou bastante ciumenta.

    Sabe cozinhar?

    Sharam Diniz: Não. Ovos estrelados e mexidos são a minha especialidade máxima (risos).

     


    Gosta de sair para dançar? Que casas nocturnas costuma frequentar? Ou isto não é possível por causa dos assédios?

    Sharam Diniz: Adoro dançar e às vezes vou divertir-me em discotecas. Osassédios não me preocupam, porque sei defender-me.

    : A cultura angolana está presente no seu dia a dia, de alguma maneira?

    Sharam Diniz: Sempre. Como estudo no Reino Unido, e vivo numa casa com o meu irmão e uma prima, ambos mais velhos, ouvimos constantemente música da nossa terra e procuramos notícias de Angola. E, nos fins-de-semana, quando possível, preparamos comida angolana e vamos a pequenas festas com angolanos.

    O que a família representa para si? Como é sua relação com ela hoje?

    Sharam Diniz: A minha família é o meu suporte, ou seja, é tudo para mim. Hoje em dia, passada a fase mais complicada da adolescência, a nossa relação é muito afectiva, com permanente troca de mensagens e telefonemas. E quando estamos juntos, para compensar as ausências, é uma festa.

    Como foi a sua adolescência? Você era feliz com o seu corpo? Ou queria mudar alguma coisa?

    Sharam Diniz: A minha adolescência foi turbulenta, porque me sentia inferiorizada em relação às outras meninas. Na escola, sempre a mais nova da turma, mas a mais alta e magra. Nas festas, os rapazes não me convidavam para dançar, por causa da altura, e olhavam mais para as minha colegas e amigas, que já tinham formas, e peito, e eu não tinha (risos). E havia também o aparelho de correcção dos dentes, que uns achavam engraçado, e outros, horrível. Foi um tempo complicado.

     

    O que normalmente toma no café da manhã?

    Sharam Diniz: Com tempo, leite com cereais, ou chá com tosta. Sem tempo, saio com um yogurte ou uma peça de fruta na carteira, ou barras dietéticas.

    Qual é a oportunidade que ainda não teve e gostaria de ter?

    Sharam Diniz: Ser capa da Revista Vogue, ou, ainda, poder desfilar como uma das “Angels de Victoria Secrets”.

    Como é actualmente a sua vida?

     


    Sharam Diniz: A minha vida é uma competição diária. Luta-se pela sobrevivência no mundo da moda. Derrubam-se barreiras no meu dia-a-dia. Às vezes pergunto porquê: Mas a verdade é que o nosso mundo é assim, e há que enfrentá-lo.

     

    A anorexia e a bulimia são os grandes males das meninas pretendentes a modelos. Como você encara isso? E o que tem feito para ajudar as vítimas desses males?

    Sharam Diniz: São efectivamente, duas ameaças sempre presentes no mundo da moda, e tenho plena consciência dos seus perigos. Algumas meninas querem transformar as suas características físicas, esquecem o perigo dos métodos que usam, e acabam vítimas desses terríveis males. O que eu faço é aconselhar as outras a gostarem de si próprias, a aceitar-se como são, e a considerar que todas têm a sua oportunidade, e que serão requisitadas de acordo com o seu perfil.

     

     


    O câncer da mama é um dos grandes males que acomete as mulheres. Tem feito exames de forma regular? E, já agora, que conselho deixa para as outras mulheres?


    Sharam Diniz:
    Faço, com frequência, o meu auto-exame da mama, e todos os anos faço um check-up. Aconselho todas as mulheres a fazerem o mesmo, e a preocuparem-se com a saúde interior, e não só com o aspecto físico.

    Qual a sua opinião em relação à legalização do aborto?

    Sharam Diniz: Acho que toda a mulher tem o direito de escolher se quer ou não ser mãe, e quando. Mas esse direito deve ser exercido de forma consciente, e sempre em tempo oportuno. O recurso ao aborto envolve perigos fisiológicos, físicos, psíquicos e sociais, que as mulheres devem evitar a todo o custo.

    Qual a sua opinião em relação à legalização do casamento gay?

    Sharam Diniz: Deus criou Adão e Eva e acho que assim deve ser (risos). Não sou contra as relações entre indivíduos do mesmo sexo, quer eventuais, quer permanentes. Mas transformá-las em “casamento”, como aquela “família” tradicional em que crescemos e que aprendemos a respeitar, vai uma grande diferença, e um mundo de questões que a humanidade ainda não resolveu.

    Que atitude considera que cada angolano pode tomar para lutar contra a situação de fome que existe em Angola?

    Sharam Diniz: A frase “situação de fome que existe em Angola” parece-me conter uma generalização menos correcta. Em todo o caso, o angolano tem dois caminhos principais para minimizar as carências existentes. O primeiro, é exercer os seus direitos de cidadão, no campo da opinião, e no campo da política. O segundo, é participar de todas as iniciativas de solidariedade que a sociedade civil desenvolve para ajudar os que precisam.

     

     

     

     

    O Meu  Bilhete Platinado 


     

    Fui registrado como… Sharam-Sharam E. Da Conceição Diniz

    Nasci aos… 2 de Março de 1991

    Sou natural de… Luanda

    Apelido: da Conceição

    Se eu fosse uma cor, eu seria… Rosa.

    Sou viciado em… Ferrero Rocher

    O que não gosto  em meu corpo: aprendi a gostar de mim como sou

    Uma mulher incrível: A minha mãe

    Um homem incrível: tenho três o meu pai biológico, o meu pai de criação e o  meu irmão.

    Se eu pudesse entrar em um filme, entraria em… Gladiador.

    Se eu fosse uma música, eu seria… July by Drake

    Lugar para fazer amor: qualquer lugar desde que esteja acompanhada pela pessoa amada

    Perfume: Angels & Demons

    Prato predileto: não tenho, mas adoro um bom funge de calulu e também uma boa mariscada.

    Não vivo sem: a companhia agradável dos meus amigos

    Meu sonho é trabalhar com… As grandes marcas da história da Moda

    Karina BARBOSA : alguém que muito respeito e tenho um carinho especial. Só tenho a agradecer pelas portas que me foram abertas e a confiança que depositou em mim… obrigada.

    MEU PAI: É sem dúvida o meu melhor amigo e conselheiro, é inevitável dizer que o amo … e mais do que tudo soube ensinar-me as coisas básicas da vida.


     

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