Dois anos depois de lançar uma petição contra a actriz e produtora norte-americana, Jada Pinkett Smith, para que incluísse angolanos na produção para Netflix de um documentário sobre a história da rainha Ginga, o actor e produtor angolano Sílvio Nascimento falou sobre o assunto no programa ShowBiz Talk, da Platina FM (96.8), neste sábado (13), realçando que o efeito pretendido foi concluído.
Na entrevista com o locutor Hélio Cristovão, Sílvio Nascimento contou que após a petição foi contactado pela produção do documentário para também fazer parte do projecto, tendo negado o convite por considerar que o objectivo não era para ele participar, mas sim fazer uma conversação, reafirmando assim o que tinha dito há dois anos: “O que eu quero dizer é: venham fazer (filmes), façam muitos, mas incluam-nos”.
Ao terminar, o actor e produtor concluiu que a petição teve o efeito pretendido, pois foi depois desta que teve a participação de uma angolana, a ex-ministra da Cultura Rosa Cruz e Silva, que fez depoimentos no documentário e referiu, também, que a Netflix abriu espaço para a zona PALOP e não só.
“Desfecho: a Netflix depois deste barulho abriu um portal para que África pudesse também produzir alguns conteúdos em Novembro (…), a Netflix não tinha nenhuma vontade de fazer as coisas connosco, para que se pudesse produzir curtas-metragens e fazer um intercâmbio com realizadores, produtores africanos, inclusive a zona que nós somos parte, a zona PALOP, (…) o efeito pretendido foi precludido”, balanceou.
Recorda-se que, na altura, após a criação do documento oficial que exigia respostas e reparação do erro, pretendia-se atingir pelo menos sete mil e quinhentas (7.500) assinaturas, entretanto, a petição alcançou mais de 12 mil assinaturas.
Por: Nunes Hebo