A transportadora aérea nacional TAAG cancelou os voos para Madrid, encerrando uma rota inaugurada com pompa em junho de 2022. A gestão da rota foi caracterizada como “um caso de gestão desastrosa, danosa e caprichosa”, segundo Pedro Castro, diretor da SkyExpert. Com base em um prejuízo estimado de 100 mil USD por voo, manter a ligação por um ano e meio, com dois voos por semana, pode resultar em um déficit de até 16 milhões USD.
O último voo de Luanda para Madrid está agendado para 13 de janeiro, com retorno no dia 14. As reservas indicam que os voos serão retomados em maio. A TAAG não forneceu informações adicionais até o momento.
A rota, criada oito meses após a entrada da administração de Eduardo Soria, foi encerrada um mês após a substituição de Soria por Nelson Oliveira e Ana Major por António dos Santos Domingos.
Pedro Castro destaca os custos elevados da rota, tarifas baixas e a canibalização do mercado natural mais lucrativo da TAAG, Portugal-Angola. Ele destaca que a tarifa média do Luanda-Madrid estava ao nível de um voo doméstico, mas com custos operacionais muito mais altos.
A decisão de encerrar a rota é vista como uma medida para conter prejuízos e redirecionar recursos para rotas mais estratégicas.