O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/SIDA (ONUSIDA) nomeou dois ícones musicais de Angola, Titica e C4 Pedro, Embaixadores Nacionais da Boa-Vontade. Os dois músicos irão ajudar na consciencialização da População, principalmente dos jovens, referente a questões relacionadas à prevenção e tratamento da SIDA em Angola.
“A música é uma poderosa plataforma de interacção com os jovens. Estou muito entusiasmado que dois artistas excecionais como Titica e C4 Pedro tenham juntado-se a ONUSIDA para dar força à mudança”, disse o Director Executivo da ONUSIDA Michel Sidibé. “Tenho certeza de que suas vozes irão mobilizar os jovens de Angola na liderança da prevenção do VIH”.
Titica começou como dançarina e é atualmente a estrela de Kuduro favorita de Angola. Seu primeiro álbum intitulado “Chão” foi um sucesso não somente em Angola, mas também levado a palcos internacionais como Brasil, Espanha, Alemanha, África do Sul e Moçambique.
Como uma pessoa transgénico, Titica experimentou o estigma e a discriminação.
“Eu já sofri muita humilhação. Já apanhei surra e fui apedrejada por ser quem sou”, lembra Titica. “Mas estou pronta para liderar e lutar contra o estigma e a discriminação no meu País e além fronteiras apelando ao bom senso dos jovens no uso do preservativo durante as relações sexuais.”
Pedro Lisboa Santos, mais conhecido por seu nome artístico C4 Pedro, é um dinâmico artista, compositor e produtor angolano. C4 Pedro começou sua carreira musical com seu irmão Lil Sain’t na Bélgica, onde morou por 10 anos. Após retornar a Angola em 2009, lançou dois álbuns de sucesso que fizeram-no um dos reconhecidos nomes da indústria musical angolana.
Como Embaixador da Boa-Vontade da ONUSIDA, C4 Pedro irá focar seus esforços para que os jovens façam o teste do VIH e tornem-se defensores de um estilo de vida saudável.
“É uma honra ser Embaixador da Boa-Vontade e poder promover uma geração livre da SIDA”, disse C4 Pedro”.
A epidemia do VIH permanece um desafio real da saúde pública em Angola. Em 2012, ocorreram estimadas 28 mil novas infecções pelo VIH, comparadas a 19 mil em 2001. Os jovens, particularmente jovens raparigas, são especialmente vulneráveis ao VIH. Na última década, o número de jovens a viver com o VIH passou de cerca de 21 mil em 2001 a 33 mil em 2012. O número de jovens raparigas a viver com o VIH em 2012 era 50% maior do que o de jovens homens.