O músico Eduardo Paím realizou na noite de quarta-feira, na Casa70, em Luanda, um concerto musical de “matar a saudade” com sucessos antigos e actuais.

O artista começou por estabelecer uma ligação entre as músicas que fizeram sucesso no passado e as que o trouxeram novamente aos palcos, depois de um interregno longo sem actuar em público, cantando as músicas “Kurtir Lisboa” e “Etu Mudietu”.

Prosseguiu com uma homenagem ao expoente máximo do projecto “Piô Piô”, José Machado “Mamborro”, e retornou a actualidade com os temas “Minha Dalila”, “Granda Mbaia”, “Kiene Kia Tocala” e “Meddley” para fechar o primeiro conjunto com o sucesso “Esse Muadié”.

Nesta altura houve como que um desvio do guião previamente delineado, possivelmente pelo facto da plateia não estar por dentro das novas músicas que compões o álbum “Etu Mudietu”.

O momento “pouco contagiante” deu lugar a convidada Edzila que interpretou com alguns deslizes de voz dois temas musicais.

Novamente, o anfitrião da noite tomou a ribalta numa audácia louvável para cantar “Summer Timer”, seguidamente ecoaram as simbioses entre o “antes e o depois” “Foi Aqui”, “Som da Banda” e “Processos da Banda”. Os níveis da plateia subiram para melhor com aplausos e assobios.

A ligação não ficou apenas entre as músicas (“Rosa Baila” ou “Saudades”). Eduardo Paím fez questão de transportar essa ligação àqueles que de alguma forma estavam ligados a si.

Para tal, convidou o cabo-verdiano Grace Évora para cantou “Bia” e “Lolita” e o angolano Yuri da Cunha.

Apesar de despertar a plateia e tê-la colocado em pé, o dueto de Yuri da Cunha e Eduardo Paím evidenciou pouco entrosamento entre ambos.

Nota de realce foi a actuação de Jacob (integrante da banda Kassav).

O primeiro dia deste concerto que marca a apresentação do álbum “Etu Mudieto” terminou ao som de “Kayaya”.

Fotosl: Jose matete