Com a finalidade de reduzir o índice de criminalidade, alcoolismo e o consumo de drogas, o artista Plástico Virgílio dos Santos e o Estúdio Virgílio criaram o projecto formativo gratuito, que consiste na capacitação de crianças, adolescentes e jovens das zonas periféricas em artes plásticas profissionais, nas suas diversas ramificações, e beneficiará, numa primeira fase, dez pessoas.
O jovem artista Virgílio design, como é conhecido artisticamente, contou, em entrevista ao PlatinaLine, hoje, terça-feira, 23 do mês em curso, que o projecto é resultante da sua experiência de vida com a arte e pretende usar a mesma para transformar jovens e crianças a fazerem da arte o seu meio de sustentabilidade.
“Vamos usar a arte como meio de resgate, ocupação, sustento e transformação”, começou a dizer o artista.
“A arte ajudou-me a ultrapassar muitas adversidades na vida. Passei toda a minha experiência aos meus primeiros alunos e consegui alcançar os mesmos resultados e hoje quero fazer em escala maior, para dar oportunidade aos que passam pelas mesmas situações que eu passei. Esse é um projecto de crescimento exponencial, vamos trabalhar com uma turma de 10 alunos, onde os 10 formados terão o compromisso de formar 10 pessoas cada um deles. E assim teremos um bom crescimento com uma qualidade de ensino controlado”, acrescentou o artista.
Numa primeira fase, o projecto estará apenas em Luanda, com perspectiva de se estender para outras províncias, e além da formação artística, a organização tem o compromisso de ajudar na continuidade do estudo. Para isso, conta com apoio de algumas instituições académicas públicas e privadas.
“E para além da formação artística, o Projecto também tem o compromisso de ajudar na continuidade da formação académica, solicitando vagas/bolsas de estudos a instituições públicas/privadas para os mais variados níveis académicos. Não será feito um anúncio sobre inscrições, pois, nós iremos atrás das pessoas para conhecermos suas histórias e fazermos o cadastramento para evitarmos pedidos exagerados e número incontroláveis de pessoas”, finalizou.
Por: Eliseu Ambrósio