DJ e Produtor Musical Dias Correia Rodrigues, mais conhecido por DJ Dias Rodrigues, nascido em Luanda aos 13 de Janeiro casado há dois anos, pai de três filhos, trabalha como DJ há 23 anos. Como produtor ganhou 4 prémios, o último foi o reconhecimento pela contribuição na música angolana no Top da Rádio Luanda com o CD Picante 5.
Como surgiu a paixão pelo Disc Jocker?
A paixão surgiu por intermédio dos meus irmãos, porque já na altura tinham um carinho por música e eram DJs em festas de quintal. Fui encostando-me a eles, até altura que entro para Rádio Nacional em 1990 e um (1) ano depois entro para LAC, onde já tinha encontrado os melhores DJ da altura como Miguel Correia, Tó Monteiro, Kim Morais, Tino Clemente, Telmo Fontes e daí já não parei, era o puto dos cotas.
Alguma vez teve dúvida do seu talento?
Olha, eu nunca duvidei porque tinha força de vontade e esperava algum dia atingir o patamar como um DJ reconhecido. Com muita fé, respeito e humildade cheguei onde estou, portanto nunca duvidei.
Se não fosse DJ e Produtor Musical o que seria?
Camanguista (risos).
Sente-se satisfeito com o rumo do seu trabalho?
Sinto sim satisfeito com este rumo, mas penso que ainda pode ser muito melhor e tudo estou a fazer, aprendendo todos os dias, para estar melhor do que já está.
Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?
O momento mais difícil foi quando perdi o meu irmão Didi Rodrigues, meu fã número 0, conselheiro, amigo, incentivava-me muito, dava a sua opinião, valia sempre a pena quando estava a gravar o Picante 5 para sair um ano depois, lá ele partiu, as minhas ideias bloquearam um pouco. Por homenagem a ele ganhei coragem, sem apoio lutei para tirar o Picante 5, para homenageá-lo no mesmo ano, fiquei mais feliz quando consegui tirar o Picante 5 no ano que não estava previsto.
Como surgiu a ideia dos Picantes?
DR: A ideia dos Picantes veio por eu estar ligado com os melhores produtores musicais como Dj Mania, Nelo Paím e Betinho Feijó, porque quando eles trabalhavam já dava as minhas ideias como DJ, então era fácil entrar no mundo da produção, fui tendo aulas com a minha força de vontade, fui criando as minhas ideias e arranjando os meus materiais, fui caminhando nas calminhas quando decidi fazer o Picante 1, já em 2001, como não tinha voz para cantar mas tinha os dedos, ideias e arranjos, então preferi procurar vozes e fazer aquilo que tenho, hoje sou um produtor, arranjista e vou contribuído da melhor forma para o desenvolvimento da música angolana do meu jeito.
Qual foi a última vez que viajou?
A minha última viajem foi há uma semana atrás.
Qual foi a última vez que fez compras?
A última vez que fiz compras foi na minha última viagem.
Qual foi a última vez que se sentiu constrangido?
Constrangido?
Não me lembro.
Qual foi a última vez que chorou?
A última vez que chorei foi quando perdi o meu irmão.
Qual foi a última vez que cozinhou?
(Risos) Não me lembro, tenho uma mulher que cozinha muito bem, quase não tenho espaço para cozinhar e com pouco tempo que tenho fica mais difícil mas cozinho o básico para não morrer de fome.
Qual foi o último livro que leu?
O último livro foi “O meu livro de pensamentos” de Victor Hugo Mendes.
Qual foi a última vez que disse “Amo-te”?
A última vez que disse amo-te foi no sábado passado.
Qual foi a última vez que se aventurou?
Aventura? Não lembro-me qual foi a minha última aventura.
Qual foi a última vez que arrumou a casa?
A última vez que arrumei a casa foi na semana passada.
Qual é o seu prato preferido?
O meu prato preferido é feijoada.
Em que parte da casa gosta mais de fazer amor?
Quarto, casa de banho e sala.
Qual é o seu cantor preferido
Sou alguém muito versátil, não tenho um cantor preferido.
Qual é a sua cor preferida
As minhas cores preferidas são a verde e branco.
O que mais lhe atrai numa mulher?
O que mais me atrai numa mulher é a honestidade, beleza pura por dentro.
Texto: Iraneth da Cruz
