Face aos desafios da diversificação da economia, o governo do Namibe, em parceria com o jornal Valor Económico, realizou, no dia 31 de Março, o 1º Fórum Sobre Oportunidades de Investimento, na Academia de Pescas e Ciências do Mar, no âmbito das tradicionais “Festas do Mar”.
Durante o discurso de abertura, o governador local, Carlos Alberto da Rocha, disse que, com este fórum, se pretende dar maior visibilidade às potencialidades de negócio da província que dirige, apostando em novos investimentos e estratégias que satisfaçam o desenvolvimento, com vista o combate ao desemprego, a fome e a pobreza, principalmente no seio da juventude, declarando, assim, a abertura do certame.
O fórum viu também a possibilidade de receber alunos de outros países africanos para estudarem na Academia de Pescas do Mar do Namibe, informação confirmada pela directora da instituição, Carmen dos Santos e foram discutidos temas como Namibe e Os Caminhos Para o Desenvolvimento; O Estado Actual do Empresariado Privado; A Legislação e o Incentivo Sobre Matérias de Investimentos; As Condições e Garantias Para o Financiamento aos Projectos; Os Custos Financeiros da Diversificação Económica, entre outros.
Os prelectores dos painéis informaram os investidores sobre a abertura do governo da província perante os desafios da diversificação, assim como as oportunidades concretas existentes nessa parcela do país, em alinhamento com as prioridades definidas pelo governo central, visando despertar os investidores da posição estratégica da província como centro logístico do corredor do Sul de Angola.
A província vai também poder contar num futuro breve com o investimento estrangeiro nos sectores do turismo pelo governo da África do Sul, das pescas pelo governo do Ruanda e no da agricultura pelo governo do Quénia, possibilidades avançadas pelos embaixadores dos respectivos países presentes no colóquio.
O primeiro fórum sobre oportunidade de investimento contou com o apoio e parceria das empresas Soronel, 7mobile, On Time e Nossa Seguros.
De relembrar que Angola vive uma crise financeira, económica e cambial desde finais de 2014 decorrentes da quebra para metade nas receitas com a venda de petróleo, que garante mais de 95% das exportações nacionais. Este indicador, que torna vulnerável a economia angolana, sugere a criação de alternativas de exportação ao petróleo.