Por: Stella Cortêz
No nosso habitual passeio pela diáspora, a equipa de reportagem do PLATINALINE conversou com a jovem Miriam Rosete Francisco Fernandes, de 26 anos, que falou sobre a conclusão da sua formação e distinção no curso superior de Economia Internacional com especialização em Ciências Políticas, na Universidade Texas Tech, nos Estados Unidos da América.
Feliz pelo reconhecimento académico no exterior do país, a angolana conta que a distinção é resultado de um processo de muito sacrifício e dedicação, cujo foco era a conclusão dos estudos com méritos qualitativos dignos de orgulho para a sua família e de reconhecimento generalizado, suficientemente aceitável para as exigências do mercado de trabalho.
“Sou a filha mais nova, que abdicou do conforto do lar e dos mimos da mamã, do calor da terra natal, família e companhia dos amigos, uma precisão que nutre amor imensurável, mas decidida a seguir o grande desafio de estudar num país longe, a mais de 24 horas de voo, diferença no idioma e uma temperatura abaixo dos zero graus, foi tudo muito difícil, no entanto, estou muito feliz por tudo o que alcancei até agora”, disse.
Não obstante às adversidades da adaptação e tantas outras situações pelas quais passou, Miriam sempre teve muita determinação e crença na concretização dos seus objectivos, por isso estabeleceu um conjunto de metas para a sua vida, as quais pretende atingir, independentemente dos obstáculos, sendo a formação académica uma das etapas que recentemente foi ultrapassada com sucesso, fruto de empenho abnegado.
“Obviamente, a intenção nunca foi propriamente ter a honra que me foi atribuída, fui me entregando aos estudos naturalmente, ganhei gosto pelas matérias e abri mão, muitas vezes, de distrações para me focar na formação para melhores resultados possíveis, tendo conseguido, assim, a graduação com a distinção Magna Cum Laude (GPA 3.8), equivalente a 18 valores em Angola. Hoje reconheço a dificuldade, porém, valeu a pena o percurso e o esforço”, salientou.
No entanto, Miriam está ciente que apenas passou por uma fase, seguem outras não menos trabalhosas, com evidência para a parte profissional, apontando para o ingresso a uma instituição de referência para então exercer uma função dentro da sua área de especialidade, por forma a contribuir com os meus conhecimentos e ajudar no desenvolvimento da organização, bem como da sociedade angolana em geral.
“Sei da carência de quadros que ainda existe no meu país, caso surjam oportunidades laborais dentro das expectativas, pretendo regressar a Angola para prestar o meu contributo, contudo, penso em ganhar alguma experiência profissional num mercado mais desafiante como o dos Estados Unidos da América, por intermédio de estágios e outras oportunidades neste domínio, porém estou disponível para abraçar desafios na terra que me viu nascer”, acentuou.