A Ministra de Estado para a Área Social e Coordenadora da Comissão Nacional Interministerial Encarregue de preparar a Bienal de Luanda sugeriu hoje que tudo aponta para que a Bienal da paz seja realizada sempre em Luanda, a cada dois anos.
Segundo Carolina Cerqueira, “há essa proposta na mesa, através da União Africana e da UNESCO, para que Angola seja, permanentemente a capital da paz em África e que a questão da Bienal seja entregue ao Estado angolano”.
A governante considera que esta oportunidade que se abre para Angola representa um prestígio e um voto de confiança ao presidente angolano pelos esforços que tem vindo a desenvolver, não só a nível da região dos Grandes Lagos, mas também na região Austral e na África em geral, em defesa da paz, da cooperação e da estabilidade no continente africano.
Valorizou, por outro lado, a Aliança de Parceiros que poderá sair da Bienal de Luanda 2021, enquanto plataforma que, como disse, está a ser pensada no sentido de se transformar numa eixo de entendimento comum e de actuação conjunta.
Carolina Cerqueira referiu que os ministros da Juventude e da Cultura dos vários países africanos, as associações juvenis, as organizações regionais, as instituições, em coordenação com o Sistema das Nações Unidas, sobretudo a UNESCO e a Comissão Africana, vão criar oportunidades de voz e vez para a juventude, de moda a que ela comece a ter cada vez mais protagonismo e iniciativas de partilhas de ideias, conhecimentos e sonhos quanto a África que queremos construir.
A ideia é criar no continente berço, uma série de cenários favoráveis sobretudo para os jovens, podendo assim ser possível leva-los a actuar com espírito de patriotismo, coesão, integração, responsabilidade e sentido patriótico, para que as jovens gerações não se deixem levar por objectivos que não conduzam à harmonia e à uma paz efectiva.
A Bienal da paz é uma iniciativa internacional organizada conjuntamente pela União Africana (AU), UNESCO, e pelo governo de Angola.
A Bienal de 2021 começa neste Sábado, dia 27, estendendo-se até ao dia 30 de Novembro de 2021 e será organizada em formato híbrido, articulando elementos presenciais e digitais.
O objetivo principal da Bienal é desenvolver o Movimento Pan-africano para uma Cultura de paz e não violência.
Trata-se de um movimento que foi lançado aqui em Luanda, em 2013, durante o primeiro Fórum Pan-africano sobre a Cultura da Paz- “Fontes e recursos para uma Cultura da Paz”.
A Bienal de Luanda visa promover a prevenção da violência e a resolução de conflitos, incentivando o intercâmbio cultural em África e o diálogo entre gerações.
Como espaço de reflexão e divulgação de obras artísticas, ideias e boas práticas relacionadas com a cultura da paz, a Bienal quer reunir representantes de governos, da sociedade civil, da comunidade artística e científica e de organizações internacionais.
A primeira edição realizou-se em Setembro de 2019, em Luanda. Reuniu 3 Chefes de Estado, 116 painelistas, 62 países participantes e 15.000 participantes, 200 artistas no Festival das Culturas.
A edição de 2021 está em linha com o tema da União Africana 2021 “Artes, Cultura e Património: Alavancas para a Edificação da África que queremos” e iniciativa “Silenciar as Armas 2030”.