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    A União Europeia em Angola promoveu uma campanha nacional contra a violência de género

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    A União Europeia em Angola promoveu uma campanha nacional contra a violência de género de forma a actuar como prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas.

    Durante a pandemia, os números de violência doméstica dispararam no mundo. Um novo relatório da ONU Mulheres mostra que 2 em cada 3 mulheres relataram sofrer ou conhecer alguém que sofre algum tipo de violência. Apenas 10% denunciaram as agressões.

    Milhares de mulheres são vítimas em todo o mundo de violência doméstica. Para combater este flagelo, são muitas as instituições que desenvolvem campanhas publicitarias com o intuito de sensibilizar a população e incentivar à denúncia. Contudo, por diversos motivos, as campanhas a favor de causas sociais têm algumas dificuldades em atingir a população e servir o seu propósito.

    Foi pensada a representação realista de rostos, a utilização de verbos e de adjectivos no discurso publicitário e a utilização de música que transmita tristeza ao espectador para que a campanha tivesse sucesso. Por outro lado, entendemos não ser positivo a utilização de humor ou a abordagem do tema com leviandade e associamos à campanha um dos maiores humoristas de Angola, com uma mensagem séria sobre o tema.

    Esta iniciativa da União Europeia foi criada, planeada e implementada pela agência de comunicação GA, Genuine  Adding, e teve como objectivo a sensibilização e consciencialização da população sobre a necessidade de erradicar a violência contra a mulher.

    A campanha, criada pela Agência de Comunicação GA, para a União Europeia na Republica de Angola, chamou[1]se 16 Dias de Activismo – Diga Não à Violência Contra as Mulheres – Orange The World e esteve publicada nas redes sociais e na imprensa com 16 cards, na rádio e televisão com spots e conteúdos/mensagens sobre os diferentes contextos de violência de género e contou igualmente com o apoio da Embaixada dos Países Baixos em Angola e do MASFAMU.

    A campanha fotográfica foi composta por 20 mupis, onde 16 rostos de mulheres com uma mão pintada em preto ou vermelho a tapar a boca podiam ser vistos nos jardins do Palácio de Ferro ou na Baía de Luanda, estando o acesso aberto ao público.

    Ao colocar a mão desenhada no rosto e a tapar a boca a força do olhar aumentava e a mão aparece como símbolo do silêncio tantas vezes imposto.

    Assim a comunicação produzida centrava-se nas possibilidades interpretativas a partir de olhares e sentimentos presentes e expressos de uma forma irrepreensível pela câmara do fotógrafo Bruno Fonseca, estando sempre presente que as mulheres que emprestaram o rosto à campanha não tinham experiência de representação ou iguração.

    UNIÃO EUROPEIA DELEGAÇÃO NA REPÚBLICA DE ANGOLA

    “Serviços de Comunicação e Visibilidade para a Delegação da União Europeia em Angola”

    Helena Rial Mota, directora criativa e de comunicação da Genuine Adding e também responsável pela comunicação de alguns dos Programas de Apoio da União Europeia em Angola, contou que a campanha foi baseada na ideia de que se uma mulher estiver com a boca tapada não pode falar nada, mas isso também significa que com a boca tapada a mulher não é capaz de dizer um “sim”, não podendo mais ser acusada de consentimento.

    Ao ver tantos casos de violência não denunciada pensou como se poderia fazer algo impactante para ajudar a evitar que o silêncio se mantenha no futuro. O objectivo foi trazer para Angola um olhar especial para o acesso à justiça e à participação. Mais explicou que esperava poder ensinar aos jovens que devem denunciar situações

    de perigo.

    Um dos propósitos foi adoptar uma abordagem em que as mulheres estivessem envolvidas, de forma a sensibilizarem outras mulheres a não se calarem, independentemente da sua idade ou condição social, tornando-as promotoras ao serviço da causa.

    “É muito importante esta conscientização, não só durante estes 16 dias, mas todos os dias” afirmou Helena Rial Mota. “Vivemos numa sociedade muito violenta, onde a mulher ainda é discriminada e este tipo de iniciativas são muito significativas porque demonstram que a sociedade avança na preservação dos direitos da mulher”, frisou a gestora de comunicação da GA.

    Miguel Machado, CEO da GA lembrou que “esta campanha é de suma importância para que se leve essa mensagem de conscientização às pessoas. Esperamos que a mensagem passada durante estes 16 Dias de Activismo seja bem acolhida pela população. Sem essa união de esforços, não será possível alcançar resultados.”

    “A campanha fotográfica é uma forma de levar até aos órgãos de comunicação social a informação para que

    possam ser tomadas providências imediatas e as mulheres ameaçadas consigam sair dessa situação de risco, já que em pleno século XXI ainda temos que fazer acções informativas e preventivas para dizer que a violência contra a mulher é um crime.”

    Assim, a GA juntou 16 mulheres que deram o seu rosto à campanha Orange The World em Angola, em prol do combate à violência contra as mulheres, promovendo o empoderamento feminino através de uma campanha, uma cor, uma luta. Vale a pena assistir, ver as imagens do fotojornalista Bruno Fonseca e reflectir.

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