“Kakinhento” é o título do novo disco de originais do músico angolano Robertinho colocado ao dispor do público numa sessão de autógrafos e venda na Praça da Independência.
O disco, que marca o regresso do artista ao mercado discográfico, levou ao local centenas de apreciadores da música angolana. O álbum “Kakinhento” conta com 11 músicas interpretadas em português e na língua nacional kimbundo, trabalhadas, na sua maioria, no estilo Semba.
Para satisfazer ansiedade dos fãs e responder aos podidos de regresso às vendas, o musico editou 10 mil exemplares. Robertinho disse ter sido difícil a produção da obra por motivos financeiros, mas que não deixou de trabalhar para promover a sua carreira, com realização de alguns espectáculos.
O cantor deu a conhecer que os apreciadores da música nacional encontrarão nas letras histórias que marcaram a vida do cantor e outras ligada a banda (Luanda) e alguns conselhos que foi ouvindo ao longo da vida e que tenta passar por meio da música as pessoas.
Natural de Malanje, Robertinho começou a cantar aos 18 anos, no bairro Marçal, em Luanda, tendo integrado o grupo Ébanos, como músico e cantor de apoio.
Emergiu em Angola na década 80 e espera pelo segundo disco há 13 anos, depois de ter publicado, em 1991, o seu álbum de estreia “Joana”. O seu palmarés regista várias músicas de sucesso no país, com destaque para “Joana MuKua di Fuba”.
No agrupamento FAPLA Povo, Robertinho começou como corista e instrumentista, tocando dikanza. David Zé, Urbano de Castro e Artur Nunes eram os vocalistas e Babulo o baterista.
O FAPLA Povo teve vida efémera e Robertinho, com a intenção resoluta de investir na prossecução da sua carreira musical, juntou-se ao agrupamento Diamantes Negros, em 1983, com músicos como Santocas (Voz), Betinho Feijó (guitarra ritmo) e Massikoka (teclado). O seu primeiro single, que inclui o tema “Saudades de voltar a Cuba” foi gravado em 1978.